Política

Íris nos braços do povo

Íris Rezende consegue vitória nas urnas municipais pela quarta vez, renovando o mito em torno de seu nome em Goiânia.

Íris Rezende está eleito pela quarta vez para ser prefeito de Goiânia. Algumas regras continuam valendo para todas as eleições. Em um confronto direto, como é o segundo turno, ganhar quem erra menos. É preciso entender que a eleição não é só um confronto de conteúdos. Mas também de posições.

Pode-se questionar a coerência de Íris. Ele que renunciou à vida pública um dia e volta à cena pouco mais de um mês depois. Ele que critica a política do governo federal pela falta de empregos, omitindo que é o PMDB que está no comando do país. Mas Íris continua vendendo bem a imagem do gestor, do homem preocupado com a cidade e que vai resolver os seus problemas. O eleitor brasileiro continua precisando de uma salvador da pátria. Ou da cidade.

Vanderlan Cardoso tem o mérito de ser o primeiro candidato apoiado por Marconi a chegar ao segundo turno na capital. Construiu uma boa base, que lhe deu maior tempo de rádio e TV, fundamentais para sua consolidação no segundo lugar. O principal pecado de Vanderlan foi não ter explicação convincente sobre sua aliança com Marconi. Foi vítima dos ataques mais duros e, em muitos momentos, não conseguiu sair das cordas. Pode ser questão de estilo ou de escolha. Acabou não convencendo.

O PMB e Íris voltam a ter o comando da marior máquina municipal. A vitória de Íris dá ao PMDB uma vantagem no posicionamento para a corrida de 2018. Existem batalhas internas a vencer. O partido vai ter candidato próprio? Íris vai cumprir, mesmo, os quatro anos de mandato na Prefeitura? O partido aceita se aliar e apoiar Ronaldo Caiado para governador? São perguntas que não precisam e não serão respondidas por agora. Mas já estão jogadas no debate.

No momento, Íris entra em uma nova fase, onde quer estar cercado de admiradores e nos braços do povo. O futuro é logo ali. E também pertence a ele.