PÓS-DECRETO 14x14

Isolamento em Goiás permanece abaixo dos 40% nos primeiros dias de julho

Secretário Adriano Rocha Lima afirma que conclusão não pode ser feita meramente observando os números, pois municípios estão em fases diferentes da quarentena

Isolamento em Goiás permanece abaixo dos 40% nos primeiros dias de julho

O governador Ronaldo Caiado (DEM) publicou, no fim de junho, um decreto de quarentena intermitente de atividades não essenciais (14×14) com o intuito de aumentar o índice de isolamento social. Em um discurso na data, o gestor esperava chegar ao patamar de 55% no isolamento social, porém, o que se viu de 1º a 6 de julho foi uma média de 39,1%. Destaca-se, contudo, que somente 40 prefeituras aderiram, na íntegra até o momento, a recomendação, segundo a Associação Goiana de Municípios (AGM).

De acordo com o secretário-geral da Governadoria, Adriano da Rocha Lima, o que ocorre é que muitos municípios estão em estágios diferentes. “Rio Verde, por exemplo, abre quando Goiânia fecha”, deu o exemplo. Para ele, então, é difícil chegar a uma conclusão somente olhando os números.

Apesar disso, Rocha Lima observa que existe um descumprimento incentivado por parte de uns poucos empresários, o que ele vê com certa preocupação. “E ficou claro que os lugares que desprezaram a saúde em função da economia precisaram recuar muito mais [do que no caso de Goiás, com o decreto 14×14].” Ele expõe que é preciso ver a economia e a saúde como uma coisa só e que todos devem se engajar.

“Obviamente, só com o governo não vai funcionar. Todos tem que enxergar que fazemos parte do mesmo problema”, analisa. “A população e os empresários precisam se engajar, ou a própria sociedade irá sofrer.”

Taxas de julho

Em relação a taxa de isolamento, analisando dia a dia, segundo o site Mapa Brasileiro da Covid tem-se, de 1 a 6 de junho, os seguintes números de isolamento social: 37,2%, 37,1%, 35,4%, 39,5%, 47,3% e 38,3%. Baseado na segunda-feira (6), Goiás só está com melhores números que Minas Gerais (37,9%), Mato Grosso do Sul (37,9%) e Tocantins (35,1%).

Ao ser questionado sobre a possibilidade de endurecimento das medidas, no caso de não haver melhoras nas taxas de isolamento, o secretário Adriano Rocha Lima afirma que esta semana ainda é de observação. Ele lembra que algumas prefeituras demoraram a aderir ao decreto – e outras ainda podem.

“Dependendo do resultado, novas medidas podem ou não ser tomadas. Mas por enquanto não existe definição de endurecimento.”