Itaú assume folha de pagamento de Goiânia por R$ 165 milhões
A definição da proposta feita pelo Itaú aconteceu após série de idas e vindas, que se arrastam desde o ano passado
O Banco Itaú fará a gestão da folha de pagamento dos servidores municipais de Goiânia pelos próximos cinco anos. A decisão foi tomada após finalização do pregão para contratação de instituição financeira pela Prefeitura, na quinta-feira (19). O valor pago será de R$ 165 milhões, o mínimo estabelecido na licitação.
A definição da proposta feita pelo Itaú aconteceu após série de idas e vindas, que se arrastam desde o ano passado. O certame chegou a ser contestado pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás (TCM-GO) e suspenso, em fevereiro, após proposta única do Itaú.
A partir de 1º de setembro, o banco dará início às transições e aberturas de contas bancárias. Durante o transcurso de abertura das contas, vai ocorrer a migração de uma agência bancária do Itaú para o Paço Municipal. Já que o contrato emergencial com a Caixa Econômica Federal finaliza no dia 31 de agosto.
Análise
De acordo com secretário municipal de Finanças, Vinícius Henrique Pires, a decisão foi tomada após análise do cenário econômico brasileiro. Segundo ele, havia possibilidade de cancelar o certame já aberto e abrir outro, para que outras instituições financeiras fizessem novas propostas. No entanto, após análise do quadro econômico, a secretaria decidiu manter a licitação já aberta.
Vinícius Henrique Pires aponta que sondou as instituições financeiras sobre os valores. A proposta mais próxima à feita pelo Itaú era do Banco do Brasil, de R$ 120 milhões. “Caso cancelássemos, haveria o risco de perder a proposta que já tinhámos, e, assim, sermos obrigados a aceitar uma menor”, diz.
Além disso, a pasta analisou pelo menos 20 municípios de médio e grande porte e constatou que o ticket médio — ou seja, o valor pago pela instituição financeira dividido pelo número de servidores — é de R$ 46,12. Enquanto a proposta do Itaú para Goiânia atingiu R$ 54,56.
“O cenário econômico de um ano e meio para cá mudou com a Taxa Selic praticamente dobrando. Chegamos à conclusão que, diante deste cenário, o melhor era dar continuidade ao certame. Além disso, a proposta do Itaú, de R$ 165 milhões, é mais que o dobro da proposta da Caixa Econômica feita há 5 anos, de R$ 81 milhões”, disse.