Jânio Darrot topa encabeçar pré-candidatura caiadista em Goiânia “por novo desafio”

Pouco antes da filiação do ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot ao MDB, este repórter questionou ao empresário sua disposição em concorrer novamente à prefeitura do município ou uma cadeira ao Senado Federal em 2026. Sua resposta foi categórica: “não, mas quero contribuir com a política de Goiás nos bastidores com meus conselhos”. Três meses depois, o cenário mudou: a Prefeitura de Goiânia entrou no radar.

Jânio Darrot conta que recebeu uma ligação do governador Ronaldo Caiado para visitá-lo no Palácio das Esmeraldas no começo de outubro. Ambos se encontraram numa terça-feira, no dia 10. Ali, saiu com uma sondagem que não esperava: o chefe do executivo estadual mostrou pesquisas qualitativas que indicavam que o eleitor goianiense queria um prefeito que tivesse perfil gestor e com experiência política.

Com trajetória no setor produtivo há mais de 40 anos e últimos 16 anos dedicados a vida pública, Darrot tinha os predicados que Caiado buscava. “Eu não esperava, mas de certa forma também é o reconhecimento do trabalho de quem fez uma boa gestão na vida empresarial e superou os desafios de ser prefeito de Trindade”, relata ao Mais Goiás.

Ao sair do Palácio, Jânio mostrou-se disposto e foi conversar com a família, amigos e outras lideranças políticas. Recebeu ainda mais estímulos. “Eu tô recebendo muitos apoios e incentivos para seguir em frente. Eu me sinto preparado para isso”, crava. “Acredito que somei muita bagagem e experiência. Com esse convite do governador me sinto pronto e preparado, por isso decidi aceitar. Se realmente esse projeto se concretizar e eu for escolhido para ser o candidato da base aliada e do governador, eu estarei pronto para isso”, salientou.

Cinco perguntas para o ex-prefeito de Trindade, Jânio Darrot: 

Mais Goiás: O senhor se encontrou com o governador Ronaldo Caiado para falar sobre Goiânia em 2024. Como foi essa conversa?

Jânio Darrot: O governador Ronaldo Caiado me chamou para uma reunião no Palácio das Esmeraldas há alguns dias. Ele pontuou algumas pesquisas e mencionou meu nome e perfil que se encaixava ao que o goianiense estava querendo de gestor e que tivesse experiência política. Acredito que se meu nome tiver apoio da base aliada, do governador, do vice-governador e pensarmos num projeto interessante para Goiânia, tenho condições e estarei à disposição. 

De lá para cá, o que fez? Como aquelas pessoas próximas ao senhor reagiram ao projeto?

Eu conversei com minha família, amigos e líderes políticos. Eu tô recebendo muitos apoios e incentivos para seguir em frente. Eu me sinto preparado para isso. Aos 68 anos, tenho uma vida empresarial já há 40 anos. Estou há quinze anos na vida política. Fui deputado estadual, prefeito de Trindade por duas vezes consecutivas. Minhas gestões na cidade foram desafiadoras, resolvemos problemas estruturais para a cidade. Acredito que somei muita bagagem e experiência. Com esse convite do governador me sinto pronto e preparado, por isso decidi aceitar. Se realmente esse projeto se concretizar e eu for escolhido para ser o candidato da base aliada e do governador, eu estarei pronto para isso.

Numa recente entrevista que fiz com o senhor, você me disse que não pensava em encabeçar novos projetos majoritários. Na época, seu nome era sondado ao Senado Federal em 2026 e também para um eventual retorno à Prefeitura de Trindade. O que mudou de lá para cá?

É o projeto para Goiânia. É novo e um desafio para mim. Me motiva. Logicamente vai valer a pena. Eu realmente não tenho intenção de voltar a ser prefeito de Trindade. Já contribui com a cidade por oito anos. Foi uma administração muito intensa e sai com sentimento de dever cumprido. Eu fiz o meu melhor. Agora, é um projeto novo. É um desafio que me motiva e que me coloca com disposição para disputar uma eleição, para vir, trabalhar e dar continuidade a minha vida pública.

Goiânia vive um intenso debate sobre pré-candidaturas um ano antes. Adriana deve anunciar o projeto neste próximo final de semana. Vanderlan deve fazer o mesmo no começo de 2024. Como avalia o cenário? Espera uma eleição difícil?

É natural que Goiânia tenha 4 ou 5 candidatos competitivos. Até mais que isso. Adriana e Vanderlan são candidatos naturais e que já estão focados há algum tempo. Lógico que a base aliada do Governo vai ter um nome para disputar a eleição. Se eu for esse nome, eu vou estar pronto e contemplado para percorrer Goiânia e trabalhar para conhecer cada vez mais a cidade de Goiânia e apresentar projeto e propostas que possam servir para os anseios da população goianiense.

O senhor fala como pré-candidato. Quando vai formalizar o projeto?

Ainda não, ainda não sou pré-candidato. Só serei a partir do momento que o governador e o vice-governador baterem o martelo. A partir do momento que eu for oficializado, aí sim, eu vou percorrer os quatro cantos de Goiânia conversando com pessoas e buscando construir o projeto de ideias para apresentar durante a campanha.