José Eliton é o candidato do PSDB
A definição visa dar tempo para superar problemas na articulação com essa dfinição.
A semana foi intensa não só para Íris Rezende, comemorando a grande vitória no segundo turno da eleição em Goiânia. O PSDB se movimentou muito internamente, para detectar os erros da disputa na capital e tomar decisões para 2018. A principal delas é que o vice-governador José Eliton é o candidato do partido em 2018. Tudo foi definido em uma longa reunião no início da semana, com as principais lideranças do partido em Goiás.
A escolha de Eliton visa, principalmente, evitar qualquer vazio nesse processo e enfrentar, desde já, os problemas normais deste tipo de decisão, em uma ampla base partidária. Uma das avaliações é que alguns aliados não entenderam a importância da vitória de Vanderlan e, principalmente, da derrota de Íris para 2018. Com a definição, há espaço suficiente para aparar arestas e alterar a base, se for necessário, na cabeça desses líderes.
Claro que aconteceram erros na condução do marketing da campanha de Vanderlan. Ícone tucano, Nion Albernaz nunca apareceu tanto em uma campanha, desde que deixou a prefeitura. Isso é verdade e é positivo. Mas outras lideranças emergentes no partido foram solenemente ignoradas. Como, por exemplo, Cristina Lopes, que teve a segunda maior votação para a Câmara Municipal de Goiânia, ficando atrás apenas do fenômeno Jorge Kajuru. A imagem de Marconi é outro ponto a ser trabalhado, especialmente na Região Metropolitana.
José Eliton tem sido fiel e tem jogado o jogo. Em 2010, foi indicado pelo DEM caiadista, para criar caso. Desconhecido e vindo de uma região com pouca densidade eleitoral, esperava-se que fosse rejeitado. Marconi aceitou, contrariando a vontade de alguns companheiros. Depois, trocou o DEM pelo PP para se manter na vice, em 2014. Em segundo, entregou o PP para fortalecer o senador Wilder Moraes e foi para o PSDB, para diminuir as resistências tucanas ao seu nome. Pelo menos na cúpula, virou consenso para 2018.
O comando do PSDB em Goiás será entregue a um deputado federal, em outra decisão tomada. As articulações devem começar logo, com o exame de possíveis candidatos a vice e às duas vagas no Senado. Uma, em princípio, só não será de Marconi se ele optar por algum projeto nacional.
Por fim, a semana fecha com mais conversas com o PT, partido descontente com o tratamento dado nos últimos meses pelos ex-aliados do PMDB. O resultado prático das conversar pode significar a redução para apenas cinco deputados o tamanho da bancada de oposição na Assembleia. Justamente, os cinco representantes do partido de Íris Rezende.
2018, mais do que nunca, já está logo ali. Agora, são Ronaldo Caiado, José Eliton e mais um. Sobra pouco espaço além disso para as candidaturas com alguma chance de ganhar o pleito.