José Eliton lamenta agressividade na campanha em todo Brasil
Vice-governador, que foi vítima de um ataque a políticos no final do primeiro turno, disse que o tempo do ódio na eleição precisa acabar
No dia 28 de setembro, o vice-governador José Eliton (PSDB), que também é secretário estadual de Segurança Pública e Administração Penitenciária, foi baleado no abdômen durante uma carreata na reta final do primeiro turno em Itumbiara (GO). No mesmo ataque, o candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB) e o seu segurança, o cabo da Polícia Militar, Vanilson João Pereira, morreram.
José Eliton comentou a situação da agressividade nas eleições por todo o País e repudiou os 28 assassinatos e outros casos de violência sofridos por candidatos no primeiro turno das eleições municipais. “Não é possível mais tanta agressividade, tanto discurso de ódio que está se perpetuando.”
O vice-governador lembrou que esse não é o caso de Goiânia, cidade na qual não foi registrada a morte de nenhum candidato. Mas criticou a atitude de lideranças políticas que alimentam essa disputa violenta. “Líderes vão a cidades do interior fazendo discursos dos mais desarrazoados possíveis, discursos onde semeiam a cizânia, semeiam a agressividade”, reclamou.
“Acho que esse tempo de política tem que virar no Brasil para que nós possamos ter um processo eleitoral calçado e baseado em propostas e ideias.” O tucano lamentou o número histórico de mortes e casos de violência contra políticos registrado nas eleições de 2016 no Brasil e disse que o eleitor precisa ter condições melhores de escolher seu voto de forma consciente.
“É algo que a classe política precisa refletir. Não é possível que o eleitor tenha que escolher o menos ruim. É preciso que o eleitor tenha capacidade de acesso às informações, às propostas, para escolher o melhor efetivamente”, pontuou José Eliton.