TRIBUNAL DO JÚRI

Julgamento de acusados da morte do ex-prefeito de Monte Alegre é adiado

Crime aconteceu há 22 anos; ex-vice-prefeito é um dos acusados

Ex-prefeito Zé da Covanca, morto em 1999 (Foto: Reprodução)

O juiz Antônio Fernandes de Oliveira adiou o julgamento dos acusados da morte do ex-prefeito de Monte Alegre de Goiás, Zé da Covanca. A sessão do tribunal do júri ocorreria nesta quinta-feira (21), em Goiânia. O crime aconteceu em 1999 e o ex-vice-prefeito Antônio Pereira Damasceno é acusado de organizar o assassinato.

A sessão chegou a ter início, às 8h30 desta quinta, com a presença dos acusados José Roberto Macedo Pinheiro, Floriano Barbo Rodrigues Neto e Luiz Carlos Medeiros – o réu Antônio Pereira Damasceno se ausentou. Contudo, o juiz do 4º Tribunal do Júri suspendeu as atividades após dois réus (José Roberto e Luiz Carlos) alegarem não ter advogados, “pois não tiveram tempo para tanto”.

De acorco com a ata do Tribunal de Justiça, José Roberto declarou, ainda, que não tinha confiança no defensor público dele. Após suspender os trabalhos, o magistrado deu dez dias para os acusados nomearem advogados. Caso isso não ocorra, o próprio juiz escolherá os defensores públicos.

Homicídio de Zé da Covanca

José da Silva Almeida, o Zé da Covanca, morreu em 26 de agosto de 1999. O então prefeito de Monte Alegre de Goiás foi morto em casa, com três tiros que o atingiram cabeça, nariz e pescoço, e deixou viúva e filhos.

Segundo a denúncia, o então vice-prefeito, Antônio Damasceno, articulou o crime com o cabo eleitoral dele, José Roberto, e o ex-presidente da Câmara municipal Floriano Barbo. Luís Carlos Medeiros seria um dos executores.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) chegou a acusar outros três. Porém, um deles morreu. A Justiça não localizou os demais.