Monte Carlo

Justiça Federal ouve réus da Operação Monte Carlo

Até sexta-feira (30), a 11ª Vara Federal de Goiás ouvirá os 50 réus investigados na…

Até sexta-feira (30), a 11ª Vara Federal de Goiás ouvirá os 50 réus investigados na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal. Empresários, policiais civis e militares, acusados de corrupção passiva, devem ser ouvidos na análise do processo que investiga a exploração de jogos ilegais em Goiás, por meio de máquinas caça-níqueis.

A instrução criminal da Justiça Federal – Seção Judiciária de Goiás foi deflagrada em novembro de 2013 pelo juiz federal substituto, Francisco Vieira Neto. Esta é a segunda parte da investigação que culminou na condenação do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em 2012, a 39 anos de prisão por peculato, corrupção, violação de sigilo e formação de quadrilha – está em liberdade.

Também está marcada, para o dia 4 de agosto, a realização de audiência de inquirição das testemunhas de defesa. E entre os dias 5 e 7 do mesmo mês a interrogação dos réus. Segundo a assessoria de imprensa da Justiça Federal, aproximadamente 200 pessoas devem ser ouvidas até o final da apuração que definirá se os acusados seguirão para julgamento.

MONTE CARLO

A deflagração da operação conhecida como “Monte Carlo” ocorreu no fim de fevereiro de 2012, porém, as investigações começaram bem antes. Estima-se que há mais de dez anos o grupo já agia em Goiás. A influência de Cachoeira se alastrou no escopo do próprio Estado. A corrupção e a troca de “favores” serviam para acobertar a jogatina, atividade que alimentava financeiramente a quadrilha. Com duas principais frentes de atuação – no Entorno de Brasília e em Goiânia – e também com o recrutamento de setores do braço armado estatal, o grupo movimentou cifras milionárias.

Sem concorrência (policiais e delegados cooptados facilitavam o monopólio do mercado ilícito) e com o domínio dos pontos de exploração, o grupo criminoso ganhou contornos empresariais, passando, inclusive, a ter controle financeiro e contábil operado via web.