Justiça mantém prisão de ex-presidente do DEM Anápolis, Cacai, por suspeita da morte de Fábio Escobar
Defesa reforça não necessidade da prisão, pois investigado "nunca deu qualquer motivo para prisão preventiva. Ele não tem qualquer ligação com essse fato investigado"
A Justiça manteve a prisão preventiva do ex-presidente do DEM (hoje União Brasil, após fusão com o PSL) de Anápolis, Carlos César Savastano Toledo, o Cacai. Neste sábado (18), o desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), Anderson Máximo, negou pedido da defesa para suspender a detenção.
Cacai é um dos investigados pela morte de Fábio Alves Escobar Cavalcante, ocorrida em junho de 2021. Ele nega “qualquer participação ou interesse no caso”. A prisão foi decretada na última quinta-feira (16).
Ainda na sexta-feira (17), o advogado do acusado, Pedro Paulo de Medeiros, afirmou por nota não havia qualquer elemento concreto contra o cliente dele e classificou a sentença como “absolutamente ilegal”. “Hoje tive acesso à investigação, que foi conduzida com base somente na ilação de um inimigo político. Após estudá-la, concluo que não há nenhum elemento concreto contra Carlos César Savastano Toledo. A sentença é absolutamente ilegal, pois não há nada que o ligue ao crime. Portanto, o pedido de prisão preventiva não é necessário e não se sustenta”, afirmou.
Ainda haverá o julgamento definitivo do habeas corpus pela revogação da prisão. Este ocorrerá fora do plantão, na 2ª Câmara Criminal do TJ. Em nova consulta, a defesa do investigado disse ao Mais Goiás que aguarda “que o Tribunal reconheça a ausência de necessidade da prisão de Carlos Toledo, pois nunca deu qualquer motivo para prisão preventiva. Ele não tem qualquer ligação com essse fato investigado”.
Além de Carlos César, outras seis pessoas tiveram mandado de prisão expedido pela 1ª Vara Criminal de Anápolis. Os autos correm em segredo de Justiça, mas parte da decisão vazou nas redes sociais.
Morte
Empresário, Fábio Alves Escobar Cavalcante tinha 38 anos e foi morto a tiros por dois homens na noite do dia 21 de junho de 2021 no Setor Jamil Miguel, em Anápolis. Segundo o Ministério Público de Goiás (MPGO), criminosos que estavam em um carro utilizavam máscaras do tipo “balaclava”.
O empresário chegou ser levado para um hospital. Ele, todavia, não resistiu aos ferimentos. A motivação não foi divulgada.