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Kajuru diz que governo Bolsonaro está com medo da CPI do MEC

O senador Jorge Kajuru (Podemos) diz que o governo Jair Bolsonaro (PL) está com medo…

O senador Jorge Kajuru (Podemos) diz que o governo Jair Bolsonaro (PL) está com medo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que irá apurar indícios de corrupção e tráfico de influência envolvendo um gabinete paralelo formado por pastores no Ministério da Educação (MEC). A abertura conta com assinatura favorável de 31 parlamentares e pode chegar a 33.

“Mais grave é saber que nos últimos cinco dias, o governo Bolsonaro já distribuiu R$ 4 bilhões para parlamentares querendo a retirada de assinaturas da CPI”, disse o senador Kajuru. “Mostrando de forma absolutamente clara o medo do governo da CPI”, continuou.

Kajuru ainda salientou que há uma diferença entre a CPI do MEC e a que apurou a condução do governo federal na pandemia de Covid-19 em 2021. O senador é um dos nomes que podem ser indicados para compor a CPI>

“Diferente da CPI da pandemia, onde o governo não estava tão preocupado. Está agora porque sabe que é tudo muito grave. A Polícia Federal decretou prisão preventiva de um ex-ministro da Educação. Ela tem munição pesada, que indica a aprovação de uma CPI factual. Não existe CPI eleitoreira. Três meses antes de uma eleição então você pode roubar? Acabar com o Ministério da Educação? E não pode haver investigação?”, indaga.

O senador ainda rebateu críticas dos governistas de que a CPI era do Senador Randolfe Rodrigues (Rede). “Essa CPI foi assinada por 32 senadores e outros que vão assinar. Ela não é individual. Ela tem embasamento, não é só gravação, é compravação de corrupção em prefeituras”, concluiu.

Abertura

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), afirmou na quarta (29), que decidirá sobre a abertura da CPI após ouvir a opinião dos líderes dos partidos em uma reunião marcada para a próxima terça-feira (5).

O estopim para abertura da CPI foi a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro em operação da Polícia Federal que apura irregulareidades na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão vinculado ao MEC. Também foram presos os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura por indícios de participação no esquema de corrupção e tráfico de influência.

O ex-ministro foi solto no dia seguinte, mas as investigações continuam.