Kakay afirma que Moro é “câncer para o sistema democrático”

Antônio Carlos de Almeida Castro, o advogado criminalista conhecido como Kakay, disse que o ex-juiz Sergio Moro é “um câncer para o sistema democrático”. O jurista rebateu o pré-candidato à presidência pelo Podemos, após ele dizer que o grupo Prerrogativas trabalha pela “impunidade de corruptos”.

“O Prerrogativas é um grupo apartidário, que se caracteriza pela defesa da Constituição Federal”, explicou Kakay. Segundo ele, o colegiado é formado por advogados, defensores públicos, estudantes, professores e ex-juízes.

“Nós, realmente, nos fortalecemos nos últimos tempos em cima, também, dos abusos – especialmente – deste juiz que instrumentalizou o poder Judiciário e coordenava um grupo de procuradores, de forma criminosa, para poder fazer um projeto político. Moro foi o principal eleitor do [presidente Jair] Bolsonaro quando prendeu, de forma ilegal e intencional, politicamente, o principal adversário da época que era o [ex-presidente] Lula”, completou.

Segundo ele, Moro “desonra o Judiciário”. A acusação é porque, conforme Kakay, o ex-juiz negociou o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro “ainda com a toga nos ombros”.

“Talvez uma pessoa leiga não entenda a gravidade do que significa isso. É gravíssimo. A corrupção do sistema de justiça é um dos piores crimes que pode existir. As pessoas, infelizmente, que não tem formação jurídica, pensam que corrupção é apenas quando uma autoridade ou um homem público pede dinheiro. Quando você, ainda com a toga nos ombros, topa conversar e negociar o ministério da Justiça – que coordena todo o sistema de segurança, fortíssimo -, evidentemente você está sofrendo um processo gravíssimo de corrupção. O Moro é um câncer para o sistema democrático. Ele criminalizou a política de forma muitíssimo forte”, afirma.