Leonardo Arantes, alvo da PF, recebe R$ 16,2 mil no Ministério do Trabalho

O secretário-executivo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Leonardo Arantes, que está sob investigação da Polícia Federal (PF), recebe um salário de R$ 16.215,22, segundo o Portal da Transparência do Governo Federal. Leonardo José Arantes é sobrinho do deputado federal por Goiás, Jovair Arantes (PTB), e teve um mandado de prisão preventiva decretado na manhã desta quarta-feira (30).

Ele é um dos envolvidos na operação “Registro Espúrio”, da Polícia Federal (PF), que investiga uma organização criminosa que realizava fraudes na concessão de registros sindicais junto ao Ministério do Trabalho. Nas redes sociais, a última publicação de Leonardo foi há menos de 20 horas e ele estava em um restaurante fast-food em Londres. Ainda não há confirmações se ele foi preso.

Jovair e Leonardo estiveram envolvidos no escândalo de nomeação do jovem Mikael Tavares Medeiros, de 19 anos, como coordenador de documentação e informação do MTE. O jovem ficou responsável pela liberação de pagamentos que chegavam até R$ 473 milhões por ano. Três meses após a nomeação, Mikael foi exonerado após denúncia do jornal O Globo. Ele recebia R$ 5,4 mil por mês e era apadrinhado do PTB.

Segundo O Globo, Leonardo também nomeou amigos de Goiânia em cargos comissionados no ministério. Eles seriam responsáveis por gerenciar a liberação dos pagamentos e fiscalizar os repasses a uma empresa de tecnologia suspeita de superfaturar contratos, a B2T.
A B2T esteve envolvida em um escândalo que levou à exoneração do jovem Mikael. Um dos amigos de Leonardo teria feito os encaminhamentos para que uma nota fiscal de R$ 32,8 milhões fosse paga à empresa.

Segundo as informações do Globo, Leonardo e os dois amigos participam de um time de futebol de pelada em Goiânia, o “Curva do Rio”. Os amigos ainda teriam apelidos dentro das quatro linhas. Arantes é “Verminho”; Leonardo Soares de Oliveira, seu chefe de gabinete, é o “Fezes”.

Com informações do O Globo