LEGISLATIVO

Líder do prefeito na Câmara de Goiânia realiza articulação por união da base

Welington Peixoto tenta superar desgastes absorvidos pela base ao longo do mandato de Íris, como o obtido com a suspensão de contratos temporários durante a pandemia

Welington Peixoto pede vistas do Plano Diretor para debater adensamento

O líder do prefeito na Câmara Municipal de Goiânia, Welington Peixoto (DEM), tenta contornar os desgastes – como o advindo da suspensão de 3,1 mil contratos temporários – e conseguir uma sustentação maior ao Executivo no Poder Legislativo. Entre os próximos desafios – para o enfreamento dos quais alianças serão necessárias – estão a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2021 e o projeto de atualização do Plano Diretor, em análise na Comissão Mista. A tentativa é de construir uma base de apoio com pelo menos 22 membros; porém, ainda há dificuldades na conquista dessa solidez.

Na última semana, durante votação do decreto legislativo relativo à mencionada suspensão dos funcionários temporários, alguns parlamentares da base não acompanharam a posição do Paço, mas sim a de vereadores contrários à medida. Recentemente houve a derrubada de decreto legislativo por 16 votos a 15, uma margem pequena e insuficiente para determinadas situações na Câmara, que precisam de pelo menos 18 votos. O decreto visava a reativação dos contratos na prefeitura.

Outro problema foi provocada pela derrubada de vetos, situação que ainda é constante na Câmara. Clécio Alves (MDB) é um dos parlamentares que ao longo do mandato sempre criticou a base do prefeito, mesmo integrando ela, a qual chama de “gelatinosa”.

Anselmo Pereira recentemente deixou o PSDB e retornou ao MDB. Em sessões realizadas há poucos dias, ele disse que seria importante o líder do prefeito orientar a cada projeto, pois ele está acostumado a votar em posição conjunta. Caso não tenha orientação, pedirá posição ao líder do MDB na Câmara, que é Clécio Alves.

O líder do prefeito, Welington Peixoto, avalia as cobranças e faz ponderações. Ele reconhece que de fato precisa ter uma base ampla, com pelo menos 22 vereadores para passar as votações de interesse do Paço.

“Eu vejo com naturalidade as cobranças, mas acho que se está tendo algum projeto que está prejudicando a Prefeitura de Goiânia. Eu não preciso ficar falando para votar contra ou a favor. Todos sabem da sua responsabilidade e do compromisso em ser ou não ser base. Eu vejo como natural”, disse.