REFORÇO

Lideranças do movimento negro e quilombola declaram apoio a Mabel e tenente-coronel Cláudia em Goiânia

Sem citar o nome de adversários a carta, intitulada “Carta aos Goianienses”, expressa preocupação com o que os signatários consideram um risco de retrocesso caso outra coligação

Em um evento realizado nesta sexta-feira (18), importantes lideranças negras de Goiânia se reuniram para formalizar apoio à candidatura de Sandro Mabel (União Brasil) e sua vice, a tenente-coronel Cláudia (Avante), na disputa pelo Paço Municipal. Durante o encontro, foi entregue uma carta aberta aos goianienses, assinada por representantes de movimentos sociais e ativistas da causa negra, destacando a importância de continuar avançando nas políticas públicas voltadas para as minorias.

Lucilene Kalunga, que foi candidata a vereadora pelo PSB no primeiro turno e é uma das lideranças quilombolas mais atuantes da região, elogiou o histórico de Cláudia, destacando seu papel como uma mulher negra com trajetória marcada por trabalho e dedicação à cidade. “A candidatura de Mabel e Cláudia é a única capaz de dar continuidade às conquistas que alcançamos com muita dificuldade. É fundamental implementar políticas públicas que atendam as mulheres, especialmente as pretas e pobres”, afirmou.

Sem citar o nome de adversários a carta, intitulada Carta aos Goianienses, expressa preocupação com o que os signatários consideram um risco de retrocesso caso outra coligação, descrita como composta por “aventureiros na política”, vença o pleito. A referência é a candidatura de Fred Rodrigues (PL), visto pelo movimento como representante da extrema-direita na capital. 

O documento acusa adversários de não possuírem compromisso com o combate ao racismo e com os direitos das mulheres, enquanto reitera o apoio a Mabel como a melhor opção para assegurar políticas sociais em áreas cruciais como moradia, saúde, educação e assistência social.

O grupo também ressalta a importância de manter e fortalecer políticas voltadas para a juventude negra, cultura, esporte e o Sistema Municipal de Igualdade Racial. “Não podemos correr o risco de perder o pouco que alcançamos ao longo dos anos. A luta por uma cidade melhor, que combata o racismo e promova mais igualdade, deve continuar”, finaliza o texto.