Ludhmila Hajjar nega oficialmente convite do governo Bolsonaro para ocupar Saúde
Médica cardiologista defende o distanciamento social e condena o chamado tratamento precoce
A cardiologista goiana Ludhmila Hajjar recusou na manhã desta segunda-feira (15) convite oficial de Jair Bolsonaro (sem partido) para ocupar o Ministério da Saúde. A médica se reuniu com o presidente novamente nesta manhã, mas não aceitou comandar a pasta durante o momento mais crítico da pandemia no país. O Mais Goiás já havia antecipado que ela recusaria o convite.
Essa é a segunda vez que Ludhmila Hajjar é cotada para ser ministra da Saúde. Na outra ocasião, ainda no ano passado, foi preterida por Nelson Teich, que ficou menos de um mês no cargo.
Ludhmila, na conversa com o governo, segundo a CNN, disse que não abre mão da defesa do distanciamento social e não defende o chamado tratamento precoce – caro aos bolsonaristas, mas que não tem comprovação científica no combate à covid-19. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), chegou a endossar o nome dela para a pasta.
Ainda segundo a emissora de televisão, no domingo (14), a médica se encontrou com Bolsonaro, em reunião com presença do atual ministro, o general Eduardo Pazuello. Com a recusa, outro nome apontado para assumir a pasta é Marcelo Queiroga, presidente da Associação Brasileira de Cardiologia. No entanto, não houve convite formal.
Embora o governo esteja à procura de um novo nome para o Ministério da Saúde, Pazuello ainda não deixou a pasta.