Lula abre porta para diálogo com PDT no segundo turno e diz que pode até conversar com Ciro

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, abriu nesta segunda-feira a possibilidade para diálogo com o PDT em um eventual segundo turno e disse que até pode conversar com o ex-ministro Ciro Gomes, candidato à Presidência do partido, se o pedetista quiser. Apesar disso, o petista voltou a dizer que Ciro “está surtando” e que ele é “muito mais importante do que o que está fazendo durante a campanha”.

Ao chegar a um encontro com artistas e intelectuais em São Paulo, Lula foi questionado sobre o pronunciamento feito por Ciro mais cedo na manhã desta segunda e respondeu:

— Sinceramente não sei o conteúdo do pronunciamento do Ciro, mas acho que ele tem surtado ultimamente. Ele é muito mais importante do que o que ele está fazendo durante a campanha — afirmou.

Lula ainda atribuiu as “dificuldades” de Ciro na campanha a suas próprias atitudes:

— Talvez o Ciro esteja colhendo o que plantou. Quem planta vento, colhe tempestade

O candidato do PT rebateu as críticas do pedetista por não apresentar propostas:

— Não preciso ficar fazendo promessas porque sou avalista das políticas que vou fazer. Um legado de oito anos, de muito sucesso neste País para todos os segmentos da sociedade.

Lula reafirmou ainda o desejo de liquidar a disputa no primeiro turno, no dia 2 de outubro.

— O PDT sabe o que faz. O Ciro sabe o que faz. Essa campanha está prestes a terminar o primeiro turno. Se acontecer o segundo turno, vamos tentar conversar com outras forças políticas. Agora, a gente só conversa com quem quiser conversar. Se o Ciro quiser conversar, nós conversaremos. Mas a conversa não é pessoal, é entre partidos.

Lula, mais uma vez, lembrou os embates com o ex-governador Leonel Brizola, maior liderança história do PDT:

— Eu já tive problemas com o Brizola, já discordamos. Depois o Brizola foi meu (candidato a) vice (em 1998). Depois ele concorreu outra vez contra mim com o Ciro (que tinha o apoio do PDT) como candidato em 2002 e depois o Ciro veio para o (meu) governo. É assim que é a política — disse.

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