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“Lula pode até merecer. Moro, jamais!”, diz Arthur Lira sobre decisão de Fachin

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, fez um comentário curioso no Twitter sobre…

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, fez um comentário curioso no Twitter sobre a anulação de processos contra Lula pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin. Aliado de Bolsonaro, ele escreveu: “Minha maior dúvida é se a decisão monocrática foi para absolver Lula ou Moro. Lula pode até merecer. Moro, jamais!”

Vale destacar, Edson Fachin concedeu concedeu habeas corpus para declarar incompetente a 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar quatro processos que envolvem Lula –o do tríplex, o do sítio de Atibaia, o do Instituto Lula e o de doações para o mesmo instituto. Na decisão, o ministro entendeu que, com a incompetência, ficam nulos os atos decisórios, inclusive do recebimento das denúncias contra Lula. Assim, ele afirma que os autos devem ser remetidos para a Justiça do Distrito Federal. E que caberá ao “juízo competente decidir acerca da possibilidade da convalidação dos atos instrutórios”.

Destaca-se que o tuite de Lira sugere que a decisão do ministro pode, também, anular as chances de um possível julgamento pela suspeição do ex-juiz Sergio Moro na condução do caso. A defesa de Lula havia pedido, vale lembrar, que Moro fosse julgado pelo STF por parcialidade ao condenar o ex-presidente no caso do tríplex do Guarujá, uma vez que ele se tornou ministro da Justiça de Bolsonaro (sem partido), em 2019.

A deputada estadual Adriana Accorsi também afirma que o juiz foi parcial. “Isso não poderia prosperar em País nenhum. Esperamos, agora, que o juiz e o procurador sejam punidos, pois trouxeram grande mal ao Brasil”, diz ela ao lembrar que o ex-presidente Lula estava em primeiro lugar nas pesquisas de 2018. “Teríamos uma história diferente, hoje, com a maioria da população vacinada e mais pessoas salvas da Covid-19.”

Vale lembrar, Moro rompeu com o presidente Bolsonaro em abril do ano passado, acusando o líder do Executivo de interferência na Polícia Federal (PF). Na época, ele disse que nos governos Lula e Dilma a PF tinha autonomia.

Já sobre a decisão de Fachin, monocrática, a mesma ainda precisa ser confirmada pelo colegiado para que Lula tenha, de fato, ficha limpa.