Mabel defende nome técnico como interventor e reforça medida para “evitar agravamento” da crise
Ao comentar a decisão do TJGO, Mabel destacou que a intervenção é uma medida necessária para evitar o agravamento da crise na Saúde e garantir a continuidade dos serviços básicos
O prefeito eleito Sandro Mabel (UB) reforçou nesta segunda-feira (9) a necessidade da intervenção estadual na Saúde da Prefeitura de Goiânia, mesmo às vésperas do fim da atual gestão. Ele destacou que a medida é necessária para reorganizar o sistema de saúde e assegurar que os recursos sejam utilizados de forma eficiente. Pouco antes da declaração, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) acatou a recomendação do Ministério Público de Goiás e expediu um decreto intervencionista ao governador Ronaldo Caiado (UB).
“A intervenção é necessária. Precisamos de controle no caixa, das despesas e da aplicação dos recursos. Não podemos deixar que o dinheiro se perca em outras coisas. Precisamos garantir comida, remédios e tratamento para quem está doente,” afirmou Mabel durante coletiva com a imprensa após a última reunião de transição.
Escolha do interventor
O prefeito eleito confirmou que o nome do interventor deverá ser anunciado até a manhã desta terça-feira (10). De acordo com Mabel, a escolha será técnica, com prioridade para um médico experiente na área da saúde. “Estamos analisando nomes com o apoio do secretário Rasível, que está liderando essa questão. Claro, o governador Ronaldo Caiado terá a palavra final. Não é fácil encontrar quem aceite ser interventor por 20 dias, mas estamos trabalhando nisso,” explicou.
Mabel garantiu que a intervenção não terá interferência política e que o escolhido será um nome técnico, que até o momento compõe os quadros do município. “A nossa primeira opção é um médico que conhece bem o sistema. Totalmente técnico. A situação em que estamos não permite espaço para política. É uma emergência. Todos precisam agir com cuidado e responsabilidade,” enfatizou ao Mais Goiás.
Apoio à medida do TJGO
Ao comentar a decisão do TJGO, Mabel destacou que a intervenção é uma medida necessária para evitar o agravamento da crise na Saúde e garantir a continuidade dos serviços básicos. Ele também defendeu o rigor no controle dos recursos que estão sendo disponibilizados para o sistema.
“Estamos trabalhando para trazer quase R$ 100 milhões em recursos. Mas esses valores precisam ser aplicados com controle e transparência. Não podemos permitir que eles sejam desviados para outras áreas. O foco deve ser na recuperação do sistema de saúde,” afirmou.
Transição administrativa
Durante a coletiva, Mabel também falou sobre o andamento da transição administrativa, ressaltando o esforço para garantir continuidade em áreas críticas como saúde, Comurg e Guarda Civil Metropolitana (GCM). Ele afirmou que a transição tem sido transparente e que a próxima gestão buscará aproveitar o que funciona, corrigindo o que precisa ser ajustado.
“Não podemos interromper tudo e começar do zero. Vamos aproveitar os programas que funcionam e melhorar o que precisa ser ajustado. É um trabalho de construção, não de destruição,” explicou.
A intervenção estadual será válida até o dia 1º de janeiro de 2025, quando Sandro Mabel assume o cargo de prefeito. Após sua posse, ele terá 90 dias para apresentar um relatório detalhado sobre o sistema de saúde e um plano de gestão para reverter a crise. Mabel concluiu com um apelo à união: “É hora de todos se unirem para salvar vidas e reorganizar o que precisa ser corrigido.”