Mabel: “Não vou esperar dia 1° de janeiro para começar a trabalhar”

Mesmo antes de assumir a Prefeitura de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) já apresenta o método de trabalho. Faltando mais de 30 dias para a posse como chefe do executivo, o empresário que destacou durante toda a campanha seus 52 anos de experiência como gestor tomou a frente de negociações e articulações importantes para a capital.

Mabel viajou para Londres junto de outros prefeitos eleitos do União Brasil para conhecer práticas que podem ser replicadas na gestão de Goiânia. Durante a viagem ele foi informado da crise no sistema de saúde da capital e já iniciou as articulações. Ao desembarcar em Goiânia se reuniu com gestores da área e montou um gabinete de gestão de crise. 

Mabel negociou com hospitais parceiros e viabilizou 36 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para atenderem as demandas da capital a partir de segunda-feira. Além dos 20 leitos que já haviam sido disponibilizados pelo Hospital Ruy Azeredo, o Hospital das Clínicas (HC) viabilizou seis vagas e a Santa Casa de Misericórdia, mais dez.

Além disso, o prefeito eleito buscou ajuda do governo do estado para levar medicação para as unidades de saúde. “Estamos cuidando para que os pacientes que chegam nos Cais e nas UPAs em estado grave tenham o atendimento adequado e sejam encaminhadas para os leitos especializados o quanto antes. Isso tem impacto muito relevante no tempo que essa pessoa vai passar na UTI e na sua recuperação”, disse.

Mabel também tem articulado com a bancada de deputados federais e senadores para destinação de emendas. Em reunião nesta semana, conseguiu compromisso de todos eles. Com o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) ele já conseguiu a viabilização de R$ 70 milhões em emendas para serem destinadas à saúde da capital. “Goiânia dedica atendimento à pessoas de todo Estado. Muitos deputados não têm base em Goiânia e mesmo assim se comprometeram”, disse. 

Mabel também tem articulado projetos para a educação. Um deles é firmar parceria com o Estado para transferir parte da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nos anos finais. A expectativa é de economizar e ainda oferecer ensino profissional para estes estudantes. Com a medida, os alunos transferidos terão acesso à bolsa estudo de R$ 110, aos laboratórios de informática, além da possibilidade do ensino à distância. 

Com o dinheiro economizado, ele pretende investir na criação de vagas em Cmeis. O déficit hoje para crianças até cinco anos é de nove mil. Como não há tempo hábil para construção das unidades, Mabel vai firmar parcerias com entidades filantrópicas e igrejas e também estuda parcerias com instituições privadas. Para viabilizar essa demanda, Mabel já tem conversado e buscado essas entidades para parcerias.

As vagas já estão sendo mapeadas pela equipe de Mabel para que no início do ano letivo as crianças já possam ser matriculadas. “Não vou esperar começar o ano para começar a procurar essas vagas. Minha equipe já vinha trabalhando durante a campanha e desde a eleição o ritmo aumentou ainda mais. Vamos iniciar 2025 com um choque de gestão na prefeitura”, afirmou.