BASTIDORES DA POLÍTICA

Mabel provoca Vanderlan e diz que Rogério não tem “sustentação política”

Empresário diz ter "perspectiva de vitória" ao seu lado

Nome à prefeitura de Goiânia, Mabel declara R$ 313 milhões (Foto: Divulgação)

Após praticamente esvaziar a base de apoio do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade), o empresário e ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), diz em entrevista ao Mais Goiás que sua campanha ganhou a “perspectiva de ganhar a eleição”, diante das últimas pesquisas de intenção de voto. Para ele, o chefe do executivo municipal perdeu “sustentação política” e provocou o senador Vanderlan Cardoso (PSD) ao dizer afirmar ter “mais experiência administrativa”

Ao ser questionado se não toparia abrir mão de sua pré-candidatura para assumir a vice de Vanderlan, Mabel foi categórico: “O Vanderlan é senador, eu votei nele. Eu não gostaria de jogar meu voto na lata de lixo e trazer ele para a Prefeitura de Goiânia. Para que eu vou tirar um senador de lá para ser vice de lá aqui? Não existe essa possibilidade. Eu seria vice, porquê? Eu tenho muito mais experiência administrativa que ele”, pontuou.

Mabel voltou a usar a tese que votou no senador e que Vanderlan deve permanecer em Brasília, por isso, defende uma “grande frente” para que a vitória nas eleições aconteça no primeiro turno. Para isso, pelo menos o PL, do ex-deputado estadual Fred Rodrigues e Cardoso teriam de recuar da disputa. “Temos a expectativa de que eles possam compreender isso e fazermos uma frente por Goiânia”, salientou.

Entretanto, não há sinalização que nem Vanderlan, tampouco Fred Rodrigues estejam dispostos a compor. Pelo menos no primeiro turno. O senador, inclusive, tem reforçado várias vezes que sua candidatura é “irreversível”. “Se é irreversível, fazer o quê? Vamos para a disputa, não tem o que fazer.”

As últimas articulações de Mabel também praticamente esvaziaram a base de apoio do prefeito Rogério Cruz. Sandro conseguiu o apoio do Avante, DC e deve encaminhar em breve acertos com PP e o Republicanos. Há negociações com o PRD, que faz parte do bloco liderado pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, mas o martelo não está batido.

Mabel destaca que o cenário é normal à medida que as pesquisas começam a desenhar sua “perspectiva de vitória”. “Eu acho que é o momento. O Rogério tá cumprindo sua missão como prefeito de Goiânia e ele não tem uma sustentação política com uma rejeição alta. Ele não tem perspectiva de ganhar eleição. No final das contas, os partidos tem de escolher sobre ficar na Prefeitura até o final ou ganhar a eleição com quem vem bem”, salientou.