‘Mais uma farsa desmontada’, diz Bolsonaro após divulgação de vídeo de reunião ministerial
Presidente afirmou que não há 'nenhum indício de interferência na Polícia Federal' em gravação; Onyx e Jorge de Oliveira defenderam conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que “mais uma farsa (foi) desmontada” com a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgada nesta sexta-feira pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Nenhum indício de interferência na Polícia Federal”, acrescentou, em publicação no Facebook, junto com um trecho de 21 minutos da reunião.
Na reunião, Bolsonaro afirmou que não iria esperar “foder minha família toda de sacanagem, ou amigo meu”, ao dizer que havia tentado “trocar gente da segurança nossa no Rio de Janeiro oficialmente” e não havia conseguido. Bolsonaro alega que estava falando sobre a equipe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), enquanto o ex-ministro Sergio Moro afirma que ele estava se referindo à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Apesar de alegar que estava preocupado com a segurança dos seus filhos, o presidente Bolsonaro promoveu o responsável por essa função menos de um mês antes da reunião. A troca também contradiz a alegação de Bolsonaro de que ele não havia conseguido trocar a equipe de segurança. Além disso, Bolsonaro não explicou a relação de um “amigo” com a segurança oficial da Presidência.
Ministros saem em defesa
Alguns ministros saíram em defesa do presidente após a publicação do vídeo. O titular da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, afirmou em sua conta no Twitter que “conteúdo divulgado, sem nexo com o inquérito, apenas expõe” Bolsonaro com “palavras não polidas buscando o melhor para o Brasil”. “Em outros governos quem fala(ou) bonito f…(eu) nosso povo”, acrescentou Jorge.
Também em sua conta no Twitter, Onyx Lorenzoni, da Cidadania, afirmou que a “divulgação do vídeo da reunião mostra claramente um governo comandado por um homem que se preocupa em servir ao povo brasileiro” e que o “Brasil não estava acostumado a isso, e sim com governos que se serviam do trabalho do povo brasileiro”.