Major Araújo reafirma ao Estado que há máscaras por preços mais baixos
Parlamentar responde ofício encaminhado pelo Governo sobre aquisição de máscaras N95. Estado tinha dado prazo de 12 horas para que deputado indicasse meios mais baratos para que a compra fosse realizada
Através de ofício, o deputado estadual Major Araújo (PSL) respondeu pedido de explicação por parte da Secretaria de Estado da Saúde (SES) após publicações em que manifestou indignação pelo preço a ser pago por máscaras hospitalares N95, eficientes na prevenção à infecção por coronavírus. Os equipamentos serão destinados a profissionais de saúde que atuam na linha de frente da pandemia. No ofício, o parlamentar reafirma que as máscaras compradas pelo Estado estão com sobrepreço.
Ele diz ter encontrado no mercado produtos com valores “bem inferiores” aos contratados pelo governo. No documento-resposta, ele aponta o nome de uma companhia, Savio Barros, onde o preço da caixa de máscaras N95 seria de R$ 11,90. A empresa estaria ainda apta a atender a demanda de 78 mil caixas em 20 dias.
O deputado aproveita a oportunidade para afirmar que o governador Ronaldo Caiado voltou às redes sociais para – em tom sarcástico, debochado, mas sem declinar nomes – o acusar indiretamente de irresponsável por “tentar politizar o assunto” e “espalhar fake news”. Segundo Major Araujo, a publicação ainda o responsabiliza por atrasar “a entrega [dos produtos] e [deixar] em risco milhares de profissionais de saúde”.
Contexto
Na postagem que originou o imbróglio com o governo, Major Araújo diz ter encontrado máscaras N95 a preços em torno de R$ 3,33, bem menores que o valor a ser pago pelo governo de Goiás: R$ 16 cada. O parlamentar se dizia indignado pelo fato de o governo ter publicado ato de dispensa de licitação para aquisição daquelas máscaras a preços que, segundo ele, são altos.
Esclarecimentos
A SES, no entanto, contestou as informações de Major Araújo formalmente e, por meio de ofício, solicitou esclarecimentos e indicação de empresa que pudesse atender à demanda governamental por valores mais baixos. No documento, a pasta exigiu que a resposta do político fosse encaminhada em 12 horas.
No ofício, a SES expôs ainda que a empresa – a qual oferecia os itens por R$ 3, 33 – não tinha produtos disponíveis, situação verificada por meio de ligação telefônica. A secretaria ainda ressaltou que iria retirar o processo de compra caso fosse apontado um meio viável de adquirir os itens pelo preço indicado.