Major Vitor Hugo adere à campanha #ForaTite
Internautas pedem a demissão de Tite por suposto atrito com CBF em relação a Copa América
Deputado federal por Goiás, major Vitor Hugo (PSL) já aderiu ao #foraTite nas redes sociais. O técnico da seleção brasileira entrou na mira de apoiadores do presidente Bolsonaro (sem partido) após coletiva na quinta (3), em que deu a entender que o Brasil não participaria da Copa América.
Passando só pra reforçar: #ForaTite Ótima tarde a todos! 👍🏼🇧🇷👍🏼👍🏼
— Vítor Hugo (@MajorVitorHugo) June 4, 2021
Inclusive, segundo o site espanhol jornal As, os jogadores já teriam decidido que não jogariam. A CBF, contudo, não se manifestou até o momento.
“Fora Tite”
O “fora Tite” teve início ainda na quinta-feira (3), após a coletiva do treinador. Entre outras coisas, o técnico foi chamado de “lacrador” e “esquerdopata” por, supostamente, estar em atrito com a CBF sobre a realização da Copa América.
No mesmo momento em que pediam pela saída de Tite, alguns internautas falavam em Renato Gaúcho como possível substituto.
Brasil confirmado
Vale lembrar, ainda no dia 1º de junho, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) confirmou que Goiânia seria uma das cinco sedes da Copa América. O anúncio foi feito no evento de assinatura do contrato de transferência de tecnologia da vacina para covid-19 entre a AstraZeneca e o governo federal. Outras sedes confirmadas são Distrito Federal, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
Bolsonaro disse ter sido procurado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) na segunda-feira (31) e, como o país está sediando outros campeonatos “sem problema nenhum”, ouviu ministros e não se opôs a receber a competição. “Seguindo os mesmos protocolos, o Brasil sediará a Copa América”, disse Bolsonaro.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), informou, na mesma data, que aceitou sediar a Copa, após uma série de restrições. Segundo ele, o assunto não deveria ser politizado, e o Brasil já estava recebendo partidas de futebol de outras competições, como as Eliminatórias, Libertadores e competições nacionais.
MP
O Ministério Público (MP-GO), contudo, recomendou a Goiás e a Goiânia não sediar os jogos. O MP se embasa em deliberação do Centro de Operações Emergenciais (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus, que se posicionou, em reunião realizada na quarta-feira (2), unanimemente contrário à realização da competição no Estado.
O MP citou, ainda, a alta taxa de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) e enfermaria nos hospitais estaduais, municipais e privados de Goiânia destinados a tratar casos de Covid-19. O texto também lembra os decretos municipais da capital, que restringem inúmeras atividades comerciais com o objetivo de evitar aglomerações.
Protocolada no feriado, o MP fixa cinco dias para que o Estado e o município respondam sobre a recomendação.
A prefeitura de Goiânia também recebeu a recomendação. Contudo, nem a capital e nem o Estado foram notificados, até o começo desta tarde de sexta (4).