Marconi diz que “pagaria preço alto” em caso de aliança com o PT em Goiás
A avaliação do ex-governador é que teria dificuldades de explicar ao seu eleitor uma coligação com o PT.
O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) descartou aliança com o PT em Goiás. O tucano foi procurado pelo ex-presidente Lula em busca de uma aliança nos estados para se contrapor ao governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e, nacionalmente, ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
A avaliação de Marconi é de que teria dificuldades para explicar uma coligação com o PT ao seu eleitor. “Tenho uma história no PSDB e pagaria alto preço se desviasse minha biografia por conta de um projeto de curto prazo”, disse Marconi à Folha de São Paulo.
O caminho para essa aliança em Goiás seria a oposição a Caiado. No ano passado, o ex-governador José Eliton (PSDB) chegou a defender aproximação entre PT e os tucanos. Mas Marconi divulgou nota se posicionando contrário à aliança em Goiás.
O encontro do líderes aconteceu após romperam relações com desdobramentos das investigações da Operação Monte Carlo, em 2012, que desbaratou esquema de exploração de máquinas caça-níqueis em diversos estados comandado pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira. Na ocasião, Marconi atribuiu a ligação de seu nome às investigações a uma suposta vingança de Lula.
Marconi também é próximo do governador de São Paulo, João Dória (PSDB), pré-candidato à presidência da República e que sempre se colocou como antipetista.
Aliança do PT nos Estados
Lula busca construir estrutura política para a disputa contra Bolsonaro na eleição de outubro. Para isso, tem visitado diversos líderes estaduais para consolidar alianças no segundo turno.
O partido busca aliados entre adversários históricos, como Geraldo Alckmin e José Serra, ambos do PSDB. Alckmin, inclusive, tem vaga quase certa para a função de vice na chapa de Lula.
No entanto, no Centro-Oeste, o PT encontra dificuldades para tais alianças, devido principalmente à forte presença do agronegócio, que tem tendência ao bolsonarismo.