Operação Sofisma

Marconi Perillo diz que operação é ‘censura’ e compara política do governo Caiado com Joseph Goebbels

Ex-governador questionou o fato de apenas três veículos terem sido investigados. Operação apura fraudes e superfaturamento em contratos entre a ABC e sites e blogs

Marconi Perillo diz que operação é 'censura' e compara política do governo Caiado com Joseph Goebbels (Foto: Reprodução)

O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), afirmou em publicação que a Operação Sofisma, deflagrada na manhã desta quinta-feira (23), é “censura” e comparou a política do governo de Ronaldo Caiado (DEM) com a adotada por Joseph Goebbels – mentor da comunicação de Adolf Hittler no nazismo alemão.

Em nota enviada à imprensa, Marconi ainda completou que o objetivo da operação é “perseguir a imprensa livre e repetir mentiras, infinitas vezes, para tentar transformá-las em verdades”. E ainda alegou estranhar o fato de a operação “se restringir unicamente a três veículos de comunicação, que juntos somam mais de 4 milhões de acessos mensais em seus sites e têm em comum linha editoral independente e combativa, que aponta os erros do atual governo.”

A Operação Sofisma investiga fraudes e superfaturamentos em contratos entre a Agência Brasil Central (ABC) e Departamento de Trânsito de Goiás (Detran) com sites e blogs. Segundo a Polícia Civil (PC), os crimes foram cometidos entre 2014 e 2017 e os beneficiados se propuseram a falar bem da gestão passada e criticar os adversários. Juntas, as partes podem ter provocado um prejuízo superior a R$ 2,5 milhões aos cofres públicos.

O ex-governador ainda afirmou ainda que “[…] essa ação policial de hoje tem nome: Operação Censura. É a verdadeira face de um governo ineficiente e inoperante, que não aceita lidar e conviver com os princípios democráticos da crítica e do contraditório, e que se mostra cada dia mais próximo da política adotada por Joseph Goebbels, o mentor da comunicação do governo de Adolf Hitler […].”

O Estado de Goiás se pronunciou por meio de nota assinada pelo secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda. Confira o documento na íntegra:

[olho author=””]Causa estranheza o nível de preocupação do ex-governador Marconi Perillo, por meio de sua assessoria especial, com as operações policiais que estão ocorrendo no Estado de Goiás. Isso demonstra que o fato das polícias terem total autonomia para investigar a roubalheira disseminada incomoda Marconi, que tem 32 processos por improbidade administrativa e 4 criminais nas costas. Por que esse grau todo de preocupação do ex-governador? Esses esquemas investigados tinham alguma orientação superior?

Parece que o título de bacharel em direito conquistado por Marconi, não proporcionou a ele o mínimo de conhecimento jurídico. Ele deveria saber que uma operação da polícia não se faz pela vontade de A ou de B, mas sim com provas e documentos que são levantados e analisados pelo Poder Judiciário. E daí são dadas as autorizações para cumprimento de mandados, apreensões, ouvir suspeitos e efetuar prisões.

É verdade que Marconi se notabilizou por interferir nas ações das polícias e não deixava que elas cumprissem o seu papel. Perseguia quem pensava diferente dele. Mas esse tempo acabou. As polícias têm autonomia. A Justiça cumpre o seu papel, autorizando ou não as ações. Instituições democráticas não existem pra servir a governantes, mas sim a população de Goiás. Mas Marconi, que se achava dono das instituições, revela-se um autêntico Rábula do Cerrado.

Por fim, causa estranheza maior ainda o fato de o ex-governador ter posto em cheque a credibilidade de todos os veículos de imprensa, tentando colocar em um só balaio o jornalismo sério do Estado de Goiás, e os sites e blogs ora investigados por superfaturamento de contratos de publicidade em suas gestões. Típico de alguém que se tornou um notório perseguidor de jornalistas. Este é o conceito que tem da imprensa goiana, ex-governador? Então, o guarde para si.[/olho]

Confira a nota na íntegra do ex-governador Marconi Perillo

[olho author=”Assessoria do ex-governador Marconi Perillo”]

NOTA

Causa profunda estranheza o fato de a operação policial em questão se restringir unicamente a três veículos de comunicação, que juntos somam mais de 4 milhões de acessos mensais em seus sites e têm em comum linha editoral independente e combativa, que aponta os erros do atual governo.

A pergunta que fica é: Por que não investigam todos os outros órgãos de imprensa que também receberam mídias do governo anterior? As contratações dos espaços publicitários nesses veículos foram realizadas abosulamente de acordo com a legislação, respaldadas em licitação. As agências tinham autonomia para, com base em audiência e público, definir a veiculação das campanhas de prestação de contas do governo.

Essa ação policial de hoje tem nome: Operação Censura. É a verdadeira face de um governo ineficiente e inoperante, que não aceita lidar e conviver com os princípios democráticos da crítica e do contraditório, e que se mostra cada dia mais próximo da política adotada por Joseph Goebbels, o mentor da comunicação do governo de Adolf Hitler: perseguir a imprensa livre e repetir mentiras, infinitas vezes, para tentar transformá-las em verdades.

Assessoria do ex-governador Marconi Perillo

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