SENADO OU GOVERNO?

Marconi Perillo diz que participará ativamente do processo eleitoral de 2022

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) confirmou estar disposto a participar do processo eleitoral de 2022,…

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) confirmou estar disposto a participar do processo eleitoral de 2022, durante entrevista coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (16), em Goiânia. O tucano, no entanto, ainda não confirmou sua pré-candidatura. Quando questionado sobre a qual cargo concorrerá, Marconi tergiversou e disse que irá se amparar em decisão coletiva e em pesquisas.

“Candidatura depende de aliados, do povo e dos líderes. Eu estou disposto a participar do processo eleitoral e estou consultando, nesse momento, nos encontros que tenho realizado. Estou ouvindo por parte de 90% das lideranças é o desejo que seja candidato ao governo do Estado. Uma parte deseja que eu concorra ao Senado, uma parte pequena à Câmara Federal”, diz.

Marconi afirmou que pesquisas quantitativas, entretanto, apontam que a população aprova sua candidatura ao Senado em maior grau e um pouco menor ao governo do estado.

Sem decisão

Marconi usou a oportunidade para recapitular sua trajetória política e dizer que apenas ele e Iris Rezende (MDB) conseguiram vencer o que chamou de “máquina pública” em Goiás. Por isso, teria condições de concorrer contra o governador Ronaldo Caiado.

“Se tem uma pessoa que não teme adversidades, que não teme vencer máquinas poderosas sou eu. Não quer dizer que eu vá enfrentar novamente. Mas se tem algo que aprendi a não ter medo na vida é de enfrentar adversidades e lutar por aquilo que acredito”, diz.

Operação Cash Delivery

Marconi Perillo disse que a Operação Cash Delivery, realizada em 2018, e que culminou com sua prisão, teve o único objetivo de persegui-lo e de humilhá-lo politicamente. O tucano repete os argumentos do ex-presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, sobre decisão do Supremo Tribunal Federal de remeter inquérito para a Justiça Eleitoral goiana.

Neste sentido, ele afirmou que pretende lutar judicialmente contra promotores de Justiça que, segundo ele, o perseguiram politicamente. O tucano apontou que entrou com ação no Conselho Nacional do Ministério Público para que promotores goianos sejam punidos por “vinculações políticas” e por “não serem isentos”.

O tucano repetiu os argumentos apresentados pela defesa de Jayme Rincón e disse que o Supremo Tribunal de Justiça aceitou cindir o inquérito em dois de forma equivocada, o que foi reconhecido pelo STF; Ainda, taxou a Operação Cash Delivery de “sórdida armação política”, com objetivo de derrotá-lo politicamente.

“Fica muito claro que houve uma sórdida armação política com um único objetivo que era me derrotar como candidato ao Senado. Não fui o único citado: Iris Rezende, Maguito Vilela, Daniel Vilela e governador Ronaldo Caiado foram citados como ajuda financeira de Caixa 2. Por que fizeram essa trama somente contra mim? Está mais do que claro que foi uma sujeira enorme. No mínimo não deveria ter feito dois pesos e duas medidas. Me prejudicar e me humilhar politicamente. E conseguiram à época”, criticou.

Entenda

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, acatou parcialmente pedido da defesa do ex-presidente da Agetop e decidiu retirar denúncias da Operação Cash Delivery da Justiça Federal. Assim, o processo passa a ser analisado pelo Justiça Eleitoral.

Gilmar Mendes acatou parcialmente pedido de habeas corpus da defesa de Jayme Rincón e entendeu que a Justiça Federal não tem competência para apreciar a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal em 2019, sob resultado da Operação Cash Delivery.

Assim, o processo retorna à Justiça Eleitoral. É bom lembrar que em agosto de 2021, a 135ª Zona Eleitoral arquivou os autos, após decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Esse movimento é visto pela defesa de Rincón como virutal arquivamento, já que o TRE decidiu anteriormente arquivar o processo.