RESPOSTA

Rogério Cruz: “Daniel não foi eleito, foi o pai dele”

Segundo prefeito, "essa gestão não está expulsando ninguém"

Vereadores já começam a criticar Prefeitura de Goiânia (Foto: Jucimar de Sousa / Mais Goiás)

Depois do MDB romper com o prefeito de Goiânia Rogério Cruz (Republicanos) em coletiva marcada por críticas e insatisfação, foi a vez do gestor se manifestar. Segundo Rogério, além de suceder Iris Rezende (MDB), ele precisa corresponder ao máximo o que o prefeito eleito Maguito Vilela (MDB) faria. “E acredito que estou fazendo isso”, disse ao reforçar que quem está saindo é Daniel Vilela – presidente estadual da sigla – e seu grupo. “Daniel não foi eleito, foi o pai dele.”

O prefeito afirmou, que os vereadores, aqueles que disputaram votos pelo MDB estão ao seu lado. “Essa gestão não está expulsando ninguém”, reiterou mais uma vez.

Rogério estava acompanhado dos deputados estadual e federal do Republicanos, Jeferson Rodrigues e João Campos, além de secretários, diversos vereadores – entre eles do MDB e outras siglas.

Plano de governo

Também de acordo com Rogério, o plano de governo de Maguito Vilela será cumprido independente de quem estiver ao seu lado. “Mas o líder do processo sou eu. E o que foi publicado [até aqui] está alinhado com o plano de governo”, diz ao lembrar do Renda Família, mas também de outras medidas.

“Determinei ao secretário de Governo [Arthut Bernardes] que editasse o texto sobre governança para dar mais transparência à gestão. Mas quem decide a gestão sou eu”, ressaltou. “São legítimas as mudanças implementadas por mim.”

Asfalto

Ele também aproveitou para falar sobre a questão da suspensão de contratos de asfalto. “Onde ficarem dúvidas e suspeitas iremos investigar. Não posso ignorar a demanda de quase metade dos vereadores”, disse em relação as denúncias.

Vale lembrar, nesta manhã, o então secretário de Relações Institucionais, Euler Morais, afirmou que houve desconsideração ao MDB e ao ex-prefeito Iris Rezende com a suspensão de contratos de asfalto, além de pedido de auditoria de contratos firmados desde 2017. “Fomos convidados para participar de um conselho político, no entanto, de forma unilateral ele extinguiu o conselho. Exonerou secretários sem ter hombridade de convidar para conversa olho a olho. Vemos que há predominância de religiosa e de exclusividade de comunicação”, criticou.

Por fim, Rogério enfatizou que respeita Daniel, mas ele não foi eleito. “Foi o pai dele. Respeito o MDB de Ulisses Guimarães, Iris Rezende e Maguito Vilela. Mas estou mais preocupado em cuidar de Goiânia, do que com picuinhas políticas.”

Saída

Quatorze secretários municipais ligados aos MDB entregaram os respectivos cargos após reunião realizada na manhã desta segunda-feira (5). O desembarque, segundo exposto, acontece em decorrência da insatifasção do partido com mudanças realizadas no secretariado, além de decretos de paralisação de obras e alegada centralização de poder na Secretaria de Governo, gerida por Arthur Bernardes, nome indicado pelo Republicanos nacional.

O presidente do MDB estadual, Daniel Vilela, disse em entrevista coletiva na manhã desta segunda que houve rompimento por parte do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) ao projeto de governo estabelecido durante a campanha de 2020. A partir daí, os desgastes com mudanças sem conversas prévias e decretos com centralização de poderes culminaram com o rompimento.

“Começaram a fazer trocas que não haviam sido combinadas e começaram a afetar os trabalhos. Perguntei ao prefeito, que disse serem boatos, mas estes acabaram se confirmando”. Daniel diz ter procurado o prefeito e ficou sem resposta por 15 dias sobre as mudanças e pretensões.

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