Viabilidade discutível

Médica goiana deve recusar convite de Bolsonaro em assumir Ministério da Saúde

Profissional tem discrepâncias fundamentais com Pazuello: Ludhmila Hajjar aparece em vídeo com ex-presidente Dilma Rousseff e se posiciona contra tratamento precoce

Cardiologista goiana Ludhmila Hajjar (Foto: Reprodução)

A médica goiana Ludhmila Hajjar não deve aceitar o convite de Jair Bolsonaro (sem partido) para comandar o Ministério da Saúde. A cardiologista se reuniu com o presidente no domingo (14) e teria deixado claro, no diálogo, que é preciso tomar medidas mais duras por parte do governo federal para frear a pandemia de Covid-19, que registou uma escalada nos primeiros meses de 2021. Novo encontro entre os dois deve ocorrer nesta segunda-feira (15).

Segundo a colunista da Folha de São Paulo, Mônica Bergamo, a cardiologista já anunciou a pessoas próximas que não aceitará o convite do presidente para comandar a pasta mais importante do país neste momento. A cardiologista já se manifestou contra o chamado tratamento precoce, aleardeado por bolsonaristas como parte da solução para o avanço da pandemia, mas cientificamente ineficaz.

Além disso, teria sugerido medidas mais duras de isolamento social. O próprio presidente já se manifestou diversas vezes contra.

Além da negativa da própria médica, alas do bolsonarismo iniciaram a “fritura” da goiana ainda no domingo. Chegou até o presidente um áudio atribuído a Ludhmila em que diz que Bolsonaro é ‘psicopata’ e defende o nome do governador Ronaldo Caiado (DEM) para a presidência por ser ‘corajoso’.

Outro ponto considerado complicado para aceitação da cardiologista é um vídeo gravado com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No vídeo que circula nas redes sociais, Ludhmila se despede da petista e diz torcer por melhores resultados. Bolsonaristas a taxam de “esquerdista” pela aparição ao lado de Dilma.

O nome de Ludhmila apareceu logo após a notícia de pedido de demissão do general Eduardo Pazuello à frente da pasta. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, chegou a defendê-la por ter “capacidade técnica e diálogo político com os inúmeros entes federativos e instâncias técnicas”.

 

*Com informações do Jornal O Globo