CRIMES

Médica que sequestrou bebê em Uberlândia é indiciada por tráfico de pessoas e falsidade ideológica

Investigação tem sido tocada pela Policia Civil de Minas e de Goiás

Médica Claudia Soares Alves presa por sequestrar bebê em Uberlândia (Foto: Reprodução)

A Polícia Civil indiciou, nesta terça-feira (6), a médica Cláudia Soares Alves pelos crimes de tráfico de pessoas e falsidade ideológica. A suspeita é acusada de sequestrar uma recém-nascida do Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), em 23 de julho.

O delegado-chefe da Polícia Civil de Uberlândia, Marcos Tadeu de Brito, confirmou a informação ao G1 e explicou que a mudança no indiciamento, que inicialmente era por sequestro qualificado, ocorreu após a análise de provas coletadas em conjunto com a polícia de Goiás.

“O indiciamento se baseou em depoimentos, imagens do crime, na localização da bebê na casa da médica em Itumbiara e na descoberta de itens infantis com Cláudia em Goiás”, detalhou o delegado ao veículo de comunicação.

A médica segue presa em Itumbiara. A defesa afirma que Cláudia teria sofrido um surto psicótico induzido por medicamentos. Porém, segundo o delegado, a comprovação dessa alegação depende de um pedido judicial para a realização de um exame de insanidade mental.

Médica neurologista se passou por pediatra

A médica Cláudia Soares Alves, de 42 anos, presa em Itumbiara por sequestrar uma bebê em um hospital de Uberlândia, Minas Gerais, é neurologista e se passou por pediatra para entrar na unidade de saúde no último dia 24 de julho, segundo a Polícia Rodoviária Federal.

Segundo a PRF, a prima de um policial rodoviário que trabalha em Goiás, casada com um médico que atua no mesmo hospital em Uberlândia, informou sobre o ocorrido ao parente, que acionou o serviço de inteligência da PRF.

A bebê foi levada do hospital dentro de uma mochila e uma câmera de segurança registrou a ação. Em seguida, o carro dela, um Corolla Vermelho que aparece nas imagens, foi localizado em Itumbiara, já no endereço da autora.

Ela manteve contato com o pai da criança e funcionários, enquanto a bebê estava escondida em sua mochila, segundo depoimentos obtidos pela polícia. As informações são do portal g1 Goiás e da TV Anhanguera.

O pai relatou que Cláudia entrou com sua filha em uma sala e, mesmo com a criança já em sua mochila, saiu para conversar com ele, alegando que uma enfermeira a estava alimentando. A demora no retorno da bebê levou o pai a acionar a segurança do hospital, que notificou o desaparecimento.

Uma vigilante afirmou ter liberado a entrada de Cláudia, que usava jaleco e alegou cobrir uma colega ausente. A funcionária, no entanto, suspeitou da conduta da médica e questionou o setor de clínica, que negou a falta de pessoal.