Mesmo com outros diretores da JBS, deputado quer Wesley Batista Filho na CPI dos Incentivos
“Quando se está no cargo máximo, tem que estar preparado para responder a todas as perguntas”
Mesmo com a aprovação de dois nomes da JBS para comparecer à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incentivos Fiscais, o deputado Vinícius Cirqueira (Pros) defende a ida de Wesley Batista Filho ao colegiado para prestar esclarecimentos. Isso só deve acontecer caso seja derrubada a liminar que ele conseguiu para não ir. “Eu não conheço o Wesley, mas ele é o presidente, CEO, da JBS. Quando se está no cargo máximo, tem que estar preparado para responder a todas as perguntas.”
No encontro do último dia 4, o colegiado aprovou a ida de Marcelo Zanata Estevão, que tem 25 anos de JBS e é responsável pelas 36 unidades, e Fábio Augusto, diretor jurídico do grupo, a pedido de Talles Barreto (PSDB). À época, o tucano defendeu que eles estariam aptos a esclarecer qualquer dúvida.
Liminar
Wesley deveria ter comparecido originalmente no dia 15 de outubro, mas conseguiu uma liminar na Justiça para não ir. Depois disso, a procuradoria da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) entrou com pedido no Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) para derrubar a medida.
Inclusive, essa atuação é uma das defesas de Vinícius para a participação de Wesley. “Até por respeito à procuradoria da Casa, que impetrou pedido para cassar a liminar. Cassando a liminar, ele tem que vir e nada impede que os outros também venham.”
Próxima segunda-feira
Desta forma, ficou definida, para o encontro da próxima segunda-feira (18), o chamamento dos dois diretores da JBS. Além deles, também vai participar da Comissão Carlos Alberto de Oliveira Andrade, presidente da Caoa. Ele deveria ter ido no dia 4, mas apresentou um atestado médico.
Sobre Wesley, Vinícius reforça: “Preparo eu sei que ele tem. Então, essa liminar é só um modo protelatório para não colocar os pés pelas mãos.”
CPI dos Incentivos
A comissão, iniciada em março deste ano, investiga os benefícios fiscais e créditos outorgados concedidos às empresas no Estado. Presidido por Álvaro Guimarães (DEM), o colegiado foi idealizado pelo relator, Humberto Aidar (MDB).
No fim do semestre legislativo passado, a CPI foi prorrogada em mais 90 dias. Ao todo, foram enviados, aos 100 CNPJs que mais receberam os benefícios, notificações para prestação de contas acerca dos incentivos e contrapartidas. Aqueles que não o fizerem, estarão sob suspeita e poderão ser chamados à comissão.