Michel Temer também pode ser candidato da 3ª via presidencial em 2022
Ex-presidente tem dito que é o candidato ideal da terceira via a pessoas próximas, segundo colunista
Michel Temer (MDB) pode estar com saudade do Palácio da Alvorada. O ex-presidente tem dito a pessoas próximas que ele seria o candidato ideal da terceira via.
A informação é do colunista Lauro Jardim, de O Globo. Esta não é a primeira vez o emedebista aparece “nessa posição”.
Em maio deste ano, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, disse que o MDB teria candidato próprio em 2022 e que o ex-presidente Temer poderia ser o nome da sigla.
“Sou partidário e o MDB vai ter candidatura própria”, disse o emedebista de Aparecida. Desde março deste ano circulavam conversas de que Temer poderia entrar na disputa.
O ex-presidente, contudo, sempre negou. Além dele – possivelmente, outros nomes da terceira via presidencial [que foge a polarização Lula/Bolsonaro] são os governadores tucanos Eduardo Leite (RS) e João Doria (SP); o pedetista Ciro Gomes; o senador e presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM); entre outros que ainda articulam. Em Goiás, o senador Jorge Kajuru (Cidadania) também se colocou como pré-candidato, em abril deste ano.
Dilma e Temer
Michel Temer tem quase 81 anos – completa em 23 de setembro. Vice de Dilma Rousseff (PT), que foi impedida, ele assumiu a presidência do Brasil em agosto de 2016, mas não tentou a reeleição em 2018. À época, o goiano Henrique Meirelles – hoje no PSD – foi o candidato do partido e terminou em sétimo lugar, com 1,20% dos votos.
Na terça-feira (31) – ontem – completou-se cinco anos do do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). O processo, que durou quase nove meses, começou em novembro de 2015, foi votado em abril de 2016 na Câmara Federal e há exatos cinco anos, no Senado.
Temer chegou a ter uma carta “pessoal” vazada em 2015, onde dizia: “Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo […]. Isso tudo não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do governo”
Além disso, ele afirmava: “Sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo.”
O desgaste de Dilma com o MDB foi um dos fatores que culminou no impeachment. Ainda assim, isso não livrou Temer de ser o presidente mais impopular da história do Brasil.
Segundo pesquisa Datafolha de junho de 2018, 82% dos brasileiros consideravam, naquele momento, a gestão Temer como ruim ou péssima. Em abril daquele ano, eram 70%. Somente 3% diziam que a administração era boa ou ótima; 14%, regular.