“Ministério Público fez acusações sem provas”, afirma vereador Zander Fábio (PEN)
Apontado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) como membro de um esquema de…
Apontado pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) como membro de um esquema de desvio de dinheiro dos parques Mutirama e Zoológico, o vereador Zander Fábio (PEN) usou a tribuna da Câmara Municipal de Goiânia na manhã desta terça-feira (29) e afirmou que a denúncia é frágil e não há provas que comprovem seu envolvimento.
“Respeito o trabalho do Ministério Público, mas o promotor fez acusações sem provas”, disse o vereador. “Os promotores disseram que apliquei dinheiro desviado dos parques na minha campanha. Já entreguei a eles documentos que provam que essa verba veio de um carro que vendi, de uma doação de pessoa física e do meu próprio salário como vereador”, afirmou Zander.
O vereador ainda disse que nunca foi citado diretamente na denúncia. “Qual o fundamento de uma denúncia em que as pessoas afirmam que ouviram falar de algo?”, questionou Zander durante entrevista coletiva. O vereador também negou que tenha participado de articulações para escolha de presidentes da Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer de Goiânia (Agetul).
A denúncia, publicada pelo MPGO na última semana, é resultante do inquérito da Operação Multigrana, deflagrada no dia 23 de maio deste ano. As investigações prosseguem, mas, até aqui, segundo o MPGO, já apontam que o esquema operou, pelo menos, de 2014 a 2017 e que, só no período de maio de 2016 a dezembro do mesmo ano, foram desviados R$ 2 milhões.
Zander é presidente da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal de Goiânia que investiga as contas da Prefeitura no período 2008-2016. Em reunião marcada para esta quarta-feira (29), os membros da comissão devem votar requerimentos que pedem o afastamento de Zander da presidência.
“Vejo a solicitação com naturalidade, mas não tenho a intenção de sair da comissão. Claro que vou me ausentar quando as oitivas envolverem o Mutirama, mas não quero sair”, disse o vereador. O MPGO pediu a suspensão do mandado do vereador.