Moraes manda soltar o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques
Ele estava preso devido a realização de operações no Nordeste que teriam o intuito de impedir eleitores de votarem no segundo das eleições de 2022 para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, mandou soltar o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques. Ele estava preso desde 9 de agosto de 2023, em Brasília, e a liberdade provisória foi concedida nesta quinta-feira (8).
Moraes já tinha negado cinco pedidos da defesa para soltar Vasques. O caso está em segredo de Justiça.
Vasques terá que utilizar tornozeleira eletrônica, além de se apresentar à Justiça periodicamente e não utilizar redes sociais. Ele também teve o passaporte cancelado e está proibido de deixar o País. O ministro também suspendeu o porte de arma de fogo de Silvinei.
Prisão
Silvinei foi preso no âmbito de investigação da Polícia Federal sobre a obstrução de rodovias, sobretudo no Nordeste, no dia do segundo turno das eleições para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A prisão foi autorizada, em agosto do ano passado, pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que corre na Corte sobre o caso, alegando que ele poderia comprometer a apuração dos fatos.
Ele foi um dos subordinados mais próximos de Bolsonaro e chegou a ser convocado no dia do segundo turno pelo então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para dar explicações sobre a atuação da PRF, sob risco de prisão.
Inclusive, no dia da eleição, o ex-diretor pediu votos para Bolsonaro nas redes sociais. Ele publicou uma imagem da bandeira do Brasil com as frases “Vote 22. Bolsonaro presidente”, mas apagou depois.
O ex-diretor-geral ingressou na corporação em 2004, após passar em concurso público.