Moro pode ficar de fora da eleição de 2022
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) pode ficar de fora da eleição de 2022. À…
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) pode ficar de fora da eleição de 2022. À CNN Brasil, o também ex-ministro disse que “pode não concorrer a nada”.
Ainda ao canal, ele afirmou que trocou o Podemos – onde era pré-candidato à presidência – pelo União Brasil para lutar “contra os extremismos” – que seriam representados por Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Contudo, no partido do governador Ronaldo Caiado ele não encontrou espaço.
É especulado que Moro dispute cadeira na Câmara Federal ou no Senado, em São Paulo, uma vez que ele mudou o domicílio eleitoral para a capital paulista, usando um hotel como endereço – o que também gerou polêmica. Neste momento, qualquer candidatura é incerta.
Ainda à CNN, ele disse não viver de política. “Estava fora do Brasil, voltei para ajudar na construção de algo que possa vencer estes extremos políticos e resgatar o fortalecimento das nossas instituições, a proteção da nossa democracia e a retomada da economia.”
Já sobre trabalhar no governo Bolsonaro, ele afirmou ter aceitado para “consolidar o projeto de combate a corrupção”, mas que nunca aderiu “às pautas extremistas [de Bolsonaro]”.
Recuo de Moro e saída do Podemos
No fim de março, por nota, Moro informou que retirou a pré-candidatura à presidência para auxiliar na busca de uma candidatura presidencial única. O anúncio ocorreu logo após a filiação ao União Brasil.
Segundo ele, será um “soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor”. Confira a nota na íntegra:
“O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido e, assim, facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única. A troca de legenda foi comunicada à direção do Podemos, a quem agradeço todo o apoio.
Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor.”
A mudança, claro, desagradou a cúpula do Podemos. O partido calcula que gastou cerca de R$ 2 milhões com a pré-candidatura do ex-juiz, que não emplacou nas pesquisas.