Eleições

Moro reage a possível apoio de Bivar a Lula: ‘Eu executei a prisão dele’

Petista se aproximou de ala ligada ao União Brasil nos últimos dias em busca de articulação para que o pré-candidato Luciano Bivar retire sua candidatura, visando vitória no primeiro turno contra Bolsonaro

Partido de Bolsonaro vai à Justiça para cassar mandato de Moro no Senado (Foto: Isac Nóbrega - PR)

O ex-juiz federal Sérgio Moro (União) reagiu, na manhã deste sábado (30), à possibilidade de o presidente de seu partido acabar apoiando a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Palácio do Planalto, aventada após recente aproximação do petista a uma ala do União Brasil, onde articula a retirada da candidatura de Luciano Bivar (União-PE), na tentativa de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL) já no primeiro turno.

Procurando desvencilhar sua imagem ao possível movimento favorável a Lula dentro do União, ele voltou a destacar sua atuação no processo da Operação Lava-Jato, dizendo ter “executado a prisão” do ex-presidente da República.

“PT e Lula de volta jamais. Eu desmontei a corrupção dos Governos do PT e executei a prisão do Lula. O resto é mentira da turma das fake news e das vivandeiras da corrupção”, escreveu o ex-juiz federal e pré candidato ao Senado.

Aproximação

Pela costura buscada por Lula, Bivar trocaria a corrida à Presidência por uma tentativa de reeleição a deputado federal, com ajuda do PT em Pernambuco, onde o ex-presidente tem forte influência no eleitorado. Para o petista, cuja possibilidade de vitória em primeiro turno está na margem de erro, segundo a pesquisa Datafolha divulgada na última quinta-feira (28), a retirada de outros candidatos pode ser importante, ainda que Bivar sequer tenha pontuado no levantamento.

Uma outra parte da articulação, que envolveria um apoio formal do União Brasil a Lula ainda no primeiro turno, é bem mais difícil de prosperar. Isso porque o União, dono da maior fatia de tempo de TV, precisaria do aval de três quintos de seus dirigentes para a aliança se concretizar — margem que hoje não existe, segundo líderes da legenda.