MP-GO abre nova ação contra ex-prefeito de Luziânia por nepotismo
Político teria favorecido esposa de aliado político com cargos na administração municipal
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou com mais uma ação contra o ex-prefeito de Luziânia, Cristóvão Vaz Tormin, por improbidade administrativa. O político foi acusado de favorecer a esposa de um ex-vereador com cargos públicos, o que, de acordo com o órgão, caracteriza nepotismo.
De acordo com a ação, Tormin indicou Angélica Fernandes Feitosa para diversos cargos na administração municipal com salários entre R$ 2,5 mil a R$ 4,5 mil. Ela é esposa de Paulo César Cardoso Feitosa, ex-vereador e aliado político do ex-prefeito. Tanto Angélica quanto Paulo Cesar também devem responder à ação.
O MP-GO solicitou também o bloqueio de bens dos três citados para garantir o ressarcimento dos cofres públicos. Os valores definidos correspondem a multa civil de cem vezes o valor de suas remunerações, à época. Confira abaixo os valores.
– Cristóvão Vaz Tormin – R$ 2.600.000,00
– Paulo César Cardoso Feitosa – R$ 1.130.000,00
– Angélica Fernandes Feitosa – R$ 292.525,37
O Mais Goiás não conseguiu contato com o ex-prefeito para comentar a ação. O espaço está aberto para manifestação.
Coleção de ações
O MP-GO já abriu diversas ações contra o ex-prefeito. Além de acusações de nepotismo, o político é apontado também por crimes contra a liberdade sexual. Somente em 2019, o MP-GO recebeu uma série de denúncias de assédio sexual, constrangimento ilegal e de outros delitos envolvendo mais de uma dezena de vítimas.
Por causa das denúncias, 10 inquéritos civis, três procedimentos investigatórios criminais e três ações penais
As informações resultaram na instauração de dez inquéritos civis, três procedimentos investigatórios criminais e três ações penais. Também levaram ao ajuizamento de três ações civis públicas.