MP pede cassação do registro de candidatos a prefeito e a vice em Goianira
Promotor eleitoral Paulo Rangel de Vieira ajuizou ação de investigação contra Carlão da Fox e Maurício do Triunfo
O promotor eleitoral Paulo Rangel de Vieira ajuizou ação de investigação judicial eleitoral contra Carlos Alberto Andrade de Oliveira, o Carlão da Fox (PSDB) e Maurício Pereira Aguiar, o Maurício do Triunfo (PTB), candidatos aos cargos de prefeito e a vice de Goianira, e também José Francisco dos Santos. De acordo com o promotor, José Francisco praticou condutas que ensejam abuso de poder econômico, beneficiando, de forma indevida, a candidatura dos acionados.
Ainda de acordo com Paulo Rangel de Vieira, todas as irregularidades foram feitas com a anuência e planejamento dos candidatos, motivo pelo qual ele pediu a cassação de seus registros de candidatura ou de seus diplomas, caso sejam expedidos, bem como a decretação de inelegibilidade por oito anos como sanção a todos os réus.
Troca de apoio
Conforme apurado, Carlos Alberto assediou, por meio de José Francisco e outras pessoas, membros de igrejas em Goianira, oferecendo doações de tendas em troca de apoio para sua campanha, que seria feita pelos líderes religiosos durante cultos ou outros contatos com fiéis.
Ainda segundo as investigações, em meados de março deste ano, José Francisco, como encarregado de assediar os religiosos, foi até o local onde um pastor trabalhava e ofereceu a doação de um tenda. A negociação foi concretizada e, posteriormente, Carlos Alberto foi até a porta do templo religioso com José Francisco para assegurar que a entrega do produto, o que foi efetivamente feito, estando a tenda até hoje instalada no local.
Segundo a ação, José Francisco manteve contato com o pastor para pedir que fosse agendada uma reunião política para viabilizar a realização de campanha eleitoral em favor do candidato a prefeito e a vice dentro da igreja.
“Essa mesma conduta foi repetida com frequência em outros estabelecimentos religiosos, sempre condicionada ao apoio eleitoral, em nítido abuso de poder econômico, conforme atestam os registros fotográficos que instruem o processo”, afirmou o promotor. (Com informações da Assessoria de Comunicação Social do MP-GO)