MP propõe ação contra ex-presidente da Alego e vereador por improbidade
O Ministério Público de Goiás (MPGO) propôs ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Catalão e…
O Ministério Público de Goiás (MPGO) propôs ação de improbidade administrativa contra o ex-prefeito de Catalão e ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Jardel Sebba (PSDB), e o vereador de Catalão Leonardo Costa Bueno (PSB). Investigações do órgão mostram que o parlamentar foi contratado como funcionário fantasma do Legislativo estadual durante a gestão de Sebba.
A investigação do MPGO começou no início deste ano a partir da notícia de que Leonardo teria afirmado em uma emissora de rádio que ele havia sido contratado por Jardel, quando ele era presidente da Alego, para ocupar cargo comissionado sem, no entanto, nunca ter comparecido em seu local de trabalho. Nessa época, o vereador estaria rompido politicamente com o ex-presidente da Alego e, por isso, declarou publicamente a situação de funcionário fantasma.
Diante da alegação, o MPGO solicitou informações funcionais de Leonardo à Alego, que informou que ele não constava como servidor da Casa. Em suas declarações, o vereador afirmou ter trabalhado no Legislativo estadual de 2007 a 2010, lotado na extensão do gabinete do então deputado Jardel Sebba, na cidade de Catalão. O parlamentar informou ainda que desempenhava atividades diversas e que, esporadicamente, comparecia a reuniões na Assembleia.
Leonardo afirmou ainda que possuía vínculo partidário, profissional e de amizade com o político, demonstrando ter superado o rompimento entre eles. Novos pedidos de informações foram feitos à Alego pelo MPGO, e desta vez houve confirmação de que que o vereador trabalhou no local, entre 2007 e 2011, ocupando diversos cargos comissionados, com remuneração que variou entre R$ 1 mil a R$ 5.900,00, o que chegaria a um total de quase R$ 80 mil.
Posteriormente, a Alego encaminhou para o MPGO o dossiê funcional do servidor, informado registro de frequência apenas entre 2009 e 2011, ainda assim sem nenhum documento comprobatório. O inquérito retornou à 78ª Promotoria de Justiça, pois havia uma outra ação civil pública por ato de improbidade contra Jardel Sebba, também pela prática de contratar funcionários fantasma. Essa ação foi movida contra ele e outras 34 pessoas, que receberam sem trabalhar.
“Jardel Sebba usou o cargo de presidente da Alego de maneira abusiva e imoral, contratando diversos parentes e correligionários para ocuparem cargos comissionados sem que nenhum prestasse qualquer atividade de interesse público ou fossem obrigados a comparecer regularmente ao local de trabalho, sendo exigido deles apenas que votassem e fizessem campanha política”, avalia a promotora de Justiça Villis Marra, responsável pela ação de improbidade.
O Mais Goiás não conseguiu entrar em contato com Jardel Sebba e Leonardo Costa Bueno, que de acordo com a assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Catalão, estava em viagem.