MPF: genro de pastor preso em operação de lobby no MEC recebeu R$ 30 mil de propina
O Ministério Público Federal (MPF) afirma em parecer que o genro do pastor Arilton Moura…
O Ministério Público Federal (MPF) afirma em parecer que o genro do pastor Arilton Moura (alvo da Polícia Federal em operação do “lobby no Ministério da Educação), Helder Diego da Silva, que é ex-servidor da prefeitura de Goiânia, recebeu propina de R$ 30 mil. O recebimento teria ocorrido a pedido do sogro para organizar um encontro de Milton Ribeiro, à época ministro do MEC, com prefeitos do interior de São Paulo.
Helder chegou a ser preso na quarta-feira (22), assim como o ex-ministro, o sogro, o pastor Gilmar Santos e outras figuras, mas já foi liberado. Ele também teria recebido passagens aéreas para integrar a comitiva de Arilton. A informação do MPF conta em parecer do processo que pede as diversas prisões. O caso foi revelado pelo Jornal O Popular.
A prefeitura de Goiânia divulgou nota sobre Helder. Segundo o município, ele foi nomeado, mas nunca compareceu para trabalhar, sendo exonerado com o “devido bloqueio de salário”. Confira:
“Helder Diego da Silva Bartolomeu foi nomeado em 25/05/2021, mas não compareceu para trabalhar, razão pela qual foi aberto, em 15 de junho de 2021, processo administrativo por abandono de cargo.
Com o final da apuração administrativa, a exoneração foi formalizada no Diário Oficial do Município em 10 de maio de 2022. Portanto, Helder Diego da Silva Bartolomeu não exerceu cargo público na administração.
Logo que instaurado o procedimento, houve o devido bloqueio de salário, em julho de 2021, o que impediu que fossem realizados pagamentos indevidos. O processo também assegura a devolução de eventual quantia paga.”
O Mais Goiás não conseguiu contato com os investigados. O espaço segue aberto.
Operação da PF
A ação da PF, deflagrada na manhã de quarta-feira, investiga corrupção e tráfico de influência para liberação de verbas públicas no MEC. As prisões ocorreram durante a Operação Acesso Pago e alguns investigados já foram liberados, nesta quinta-feira (23).
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão em Goiás, Distrito Federal, São Paulo e Pará, além de medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados.
Segundo as apurações, os envolvidos utilizavam a influência no Ministério para conseguir liberação de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, vinculado ao MEC. As ordens judiciais foram emitidas pela 15ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Distrito Federal. As investigações estão sob sigilo.