MPF pede prisão preventiva de quatro envolvidos em esquema de corrupção na Saneago
Nova denúncia da Operação Decantação aponta envolvimento de 38 pessoas
O Ministério Público Federal (MPF-GO) protocolou nova denúncia da Operação Decantação, que investiga esquemas de corrupção na Saneago. O documento aponta o envolvimento de 38 pessoas e pede a prisão preventiva de quatro. As informações são do Jornal O Popular e do G1.
O pedido justifica que a prisão do grupo é necessária para impedir que os denunciados continuem com atividades criminosas e evitar que influenciem servidores, empresários e políticos na coleta de provas. Foi pedida a prisão preventiva do ex-presidente da Saneago e atual diretor-presidente da Fundação de Previdência Complementar do Estado de Goiás (PREVCOM-GO) José Taveira, os ex-diretores da estatal Robson Salazar e Mauro Henrique Barbosa, e o empresário Carlos Eduardo Pereira da Costa, dono da Sanefer Construções e Empreendimentos.
Os denunciados são acusados de crimes praticados contra a administração pública, organização criminosa, fraude a licitação e lavagem de dinheiro. A denúncia aponta que empresários,empregados públicos e políticos eram favorecidos através de desvios de recursos que eram usados para a promoção de pagamento de dívidas de campanha, para financiar partidos políticos, despesas de cunho eleitoral, além de promover o enriquecimento ilícito.
José Taveira e Robson Salazar já haviam sido presos em agosto de 2016, na deflagração da Operação Decantação, mas foram soltos cinco dias depois. Na ocasião, o caso que envolvia o deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB), que aparecia em uma ligação interceptada, foi remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que o parlamentar possui foro privilegiado. Já os fatos relacionados ao governador Marconi Perillo (PSDB) foram encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A nova denúncia foi protocolada no dia 13 de dezembro do ano passado e aguarda decisão da Justiça Federal.