Mudou o discurso: Bolsonaro reintegra cubanos ao Mais Médicos
Em 2018 e 2019, presidente questionou competência de cubanos e sugeriu que eram parte de células de guerrilha comunista
Em que pesem os ataques do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a médicos cubanos que faziam parte do programa Mais Médicos antes do seu governo, o Diário Oficial desta segunda-feira (18) publicou uma lista de profissionais nascido em Cuba que serão reincorporados ao programa.
Em março, o Ministério da Saúde informou que 7.167 médicos já haviam se inscrito no edital do Mais Médicos para o Brasil aberto para reforçar as equipes de saúde em função da epidemia do novo coronavírus (covid-19). A previsão anunciada foi de que até cinco chamadas seriam feitas, sendo que médicos cubanos poderiam ser convocados após a 3ª chamada.
Ataques a cubanos
No dia 20 de março deste ano, Bolsonaro afirmou que esses cubanos são, nada mais, nada menos, que um objeto de venda por parte da ditadura”. “Se eles fossem tão bons assim, se a formação fosse tão boa, nós teríamos médicos cubanos aqui na frente de linhas de pesquisa, de grandes hospitais. Não temos”.
No dia 1° de agosto de 2019, Bolsonaro afirmou, a respeito dos cubanos: “O PT botou no Brasil cerca de 10 mil fantasiados de médicos aqui dentro, em locais pobres para fazer células de guerrilhas e doutrinação. Tanto é que quando eu cheguei eles foram embora porque eu ia pegá-los”.
No dia 14 de novembro de 2018, antes de tomar posse, o presidente disse: “Olha só, se esses médicos fossem bons profissionais, estariam ocupando ali o quadro de médicos nosso que atendia o governo Dilma no passado. E não é dessa forma. Vocês mesmos [jornalistas]: eu duvido quem queira ser atendido pelos cubanos. Porque não temos qualquer comprovação de que eles sejam cubanos [afirmou, querendo dizer médicos]”.
* Da redação do Mais Goiás, com agências.