ELEIÇÃO 2022

“Não podemos subestimar a força de Lula”, diz Delegado Waldir

Deputado não descarta uma aliança com Bolsonaro no segundo turno

Lula diz que não sabe se teria sido eleito sem o voto eletrônico (Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Apesar de não estar alinhado a Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal e presidente do PSL Goiás, Delegado Waldir Soares, não descarta uma aliança com o gestor federal no próximo pleito, em um eventual segundo turno. A preferência de Waldir, seria apoiar o nome do ex-ministro Sergio Moro – que não deve ser candidato –, contudo a sigla deve apoiar alguém de centro. “O PSL não caminhará com a esquerda. Mas não podemos subestimar a força de Lula”.

Vale lembrar, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista ao jornal francês Paris Match nesta quinta-feira (20), que disputará as eleições presidenciais em 2022. Lula se tornou elegível após o Supremo Tribunal Federal (STF) anular os processos contra ele e entender que o juiz Sério Moro foi parcial nas condenações contra o petista no processo do tríplex do Guarujá, em São Paulo.

“Serei candidato contra o Bolsonaro. Se estou na melhor posição para ganhar as eleições presidenciais e gozo de boa saúde, sim, não hesitarei”, disse Lula à imprensa internacional.

Questionado se pretende pedir votos para Bolsonaro, Waldir diz: “Vamos aguardar lá na frente. Mesmo votando com o governo em 85% das pautas, sempre fui tratado como patinho feio.”

Desentendimento

Vale lembrar, em uma briga de Bolsonaro com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, em 2019, Waldir ficou do lado do líder da sigla. À época, o chefe do Executivo federal protagonizou vários desentendimentos com a legenda, sendo, inclusive, flagrado em um áudio promovendo articulação para derrubada de Waldir, que era líder do PSL na Câmara Federal.

Na gravação, Bolsonaro comentava que tinham poucas assinaturas restantes para remover o político – segundo o qual é “muito instável” – do cargo. A gravação foi obtida com exclusividade pela Revista Época. Waldir acabou deposto para a entrada de Eduardo Bolsonaro.

Na mesma época, Bolsonaro deixou o partido e tentou fundar o Aliança pelo Brasil, que ainda não conseguiu as assinaturas necessárias.