BASTIDORES DO PODER

“Nós precisamos fazer um processo de reconexão do PSDB com as agendas que fizeram ele grande”, afirma Aava Santiago

Em entrevista ao Mais Goiás, vereadora avaliou os erros do PSDB nos últimos anos

Aava Santiago (Foto: Câmara Municipal)

Malocrente, crente raiz, periférica e esquerdista, são esses os adjetivos que a vereadora por Goiânia pelo PSDB, Aava Santiago, denomina a si mesmo. Filiada ao PSDB desde 2020, a vereadora é uma estrela em ascensão dentro da sigla em Goiás e no país. Durante esse segundo turno, a goiana foi destaque da campanha de Lula à Presidência da República ao defender as bandeiras do petista dentro do movimento evangélico. Em entrevista ao Mais Goiás, Aava avaliou os erros do PSDB nos últimos anos, que para ela fizeram a sigla se distanciar das suas pautas. “A gente precisa fazer um movimento de reconexão do partido com as agendas que fizeram dele grande. A partir do momento em que o partido se afastou das agendas que deram a ele protagonismo, ele também foi perdendo espaço. Isso mostra qual PSDB que o eleitor quer”, pontuou. Eu continuarei trazendo o partido para entendimento de quais são os nossos compromissos históricos”, defendeu.

Dentro

Aava Santiago considera que, apesar de ter sido derrotado pelo “bolsonarismo goiano” nas urnas, o ex-governador Marconi Perillo continua dentro do processo político no Estado. “Ele saiu mais forte, diminuiu a rejeição e teve mais de 600 mil votos”.

Por fora

Enquanto os deputados Bruno Peixoto, Virmondes Cruvinel e Lincoln Tejota se armam para a disputa da presidência da Assembleia Legislativa, Renato de Castro corre por fora com apoio do MDB caiadista de 2018.

Cabo eleitoral

O prefeito de Catalão, Adib Elias, esteve em Goiânia nesta semana articulando um grupo de apoio a Renato.

Conjecturas

No PSDB, fala-se na candidatura do jornalista Matheus Ribeiro para prefeito de Goiânia. Ele já fez algumas reuniões com a deputada estadual eleita Eliane Pinheiro em bairros da capital.

Quem diria

Mas o PSDB pode nem ter candidato em Goiânia. Está sendo costurada uma fusão nacional entre o partido tucano e o MDB. Neste caso, por estar fora do poder, a legenda seria jantada por Daniel Vilela.

Filho de peixe

Durante o processo eleitoral do segundo turno, Daniel Vilela se absteve das aparições ao lado de Caiado e não declarou apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Daniel pode ser o interlocutor do governo estadual num eventual governo Lula. Tudo por causa do bom relacionamento que o petista mantinha com Maguito Vilela.