Novandir quer propor emenda para projeto que proíbe armas na Câmara de Goiânia

O vereador sargento Novandir (Avante) quer propor uma emenda para modificar o projeto que proíbe o porte e posse de armas nas dependências da Câmara de Goiânia. O parlamentar, conforme anunciou nesta terça (19), pretende apresentar modificação para considerar como dependências apenas o plenário e salas de comissões. Além disso, ele deseja estender a proibição de posse e porte de armas aos parlamentares, servidores e assessores.

Vale lembrar, o texto passou em primeira votação no plenário, na última semana, por 19 a 4. Em seguida, foi para a Comissão e Segurança Pública da Câmara, onde os membros aprovaram emenda de Anderson Sales Bokão (União Brasil), que alterou o artigo 1º para que somente vereadores eleitos fiquem proibidos de portar armas no plenário durante sessões de homenagens a instituições de segurança pública. Esta votação ocorreu na segunda (18).

Ou seja, na segunda votação em plenário – que pode ocorrer nesta quarta (20) -, os parlamentares vão analisar o projeto que prevê todas as dependências da Casa e a proibição apenas para os vereadores eleitos, conforme emenda de Bokão. Como já passou na Comissão de Segurança, Novandir terá que pedir vistas do projeto em plenário para apresentar emenda e estas deverão ser aprovadas, conforme explica a assessoria da Casa – caso isso ocorra, o texto ainda voltará para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Ainda sobre a emenda, sargento Novandir justificou que “o porte de arma é regulamentado por normas específicas, com critérios e avaliações técnica e psicológica. Em alguns casos, o agente de segurança usa a arma é para assegurar e proteger a sua própria vida ou a vida de terceiros”.

Proposta

Destaca-se, a proposta é do vereador Ronilson Reis (Brasil 35) e foi motivada pelo vereador Sargento Novandir, que, além de andar armado pelas dependências da Casa de Leis, também já colocou o revólver na tribuna, durante a repercussão do aumento do IPTU. Na época, ele também se vestiu de palhaço e se disse enganado pela prefeitura de Goiânia.

Além disso, em passado recente, o parlamentar chegou a se dirigir ao vereador Santana e dizer que passou “anos trocando tiro com ladrão e hoje, infelizmente, eu não posso trocar tiro com quem tem o colarinho branco, se não com certeza nós dois íamos trocar. Porque nós sabemos o que o senhor é, o senhor é uma farsa”.

Novandir

No dia da aprovação em primeira votação, Novandir afirmou que levaria a questão aos quartéis e instituições militares e de forças de segurança. “Se for aprovado vou apresentar um requerimento cancelando todas as homenagens que esta Casa pretende fazer aos militares. Essa proposta é uma maldade contra as forças de segurança.”

Antes, ao Mais Goiás, ele declarou que se o problema do projeto era somente ele – pois o vereador Cabo Senna e o GCM Romário Policarpo também já foram armados à Casa de Leis, segundo o sargento –, não iria mais armado à Casa. “Todos sabem que sou policial e que tenho condição de andar armado. Trabalhei 17 anos na polícia.”

Segundo ele, também naquele momento, a matéria iria gerar gastos com a inclusão de detectores de metal e aumento de efetivos de segurança. “Se o problema for eu, eu deixo de levar arma. Não precisaria de projeto, podemos fazer acordo. Minha preocupação é com o gasto com dinheiro público.”

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