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Número de deputados e senadores na eleição municipal é o menor em 30 anos

Ao todo, 71 congressistas vão tentar virar prefeitos ou vice na disputa de novembro

Elias Vaz (PSB, na foto) e Vanderlan Cardoso (PSD) são os únicos representantes goianos no Congresso Nacional a disputar a prefeitura de Goiânia (Foto: Assessoria)

O número de deputados federais e senadores que vão concorrer ao cargo de prefeito ou vice nas eleições municipais de novembro é o menor das últimas três décadas, reforçando uma trajetória descendente já observada na maioria dos últimos pleitos.

De acordo com dados da Câmara dos Deputados e do Senado, 69 deputados federais e 2 senadores, de um total de 594 congressistas, vão tentar trocar Brasília pelas administrações locais de seus redutos eleitorais.

Em Goiânia, são dois candidatos a prefeito oriundos da bancada goiana no Congresso: Elias Vaz (PSB) e Vanderlan Cardoso (PSD).

Isso representa uma queda de 14,5% em relação às eleições de 2016, quando 83 parlamentares concorreram a um cargo de prefeito ou vice. É também o menor número desde 1992, segundo o histórico de candidaturas de congressistas feito pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

Entre outros motivos, os dados podem ser mais um sinal observado nos últimos anos do desgaste do status quo político. Em 2016, por exemplo, nenhum congressista que disputou uma prefeitura conseguiu triunfar no primeiro turno. Em 1996, auge da motivação de congressistas pelas disputas municipais, 121 deputados e senadores concorreram.

Neste ano, o partido com mais candidatos a prefeitos e vice-prefeitos é o PT, com 9 nomes na Câmara e 1 no Senado. A legenda, que detém a maior bancada da Câmara, com 53 deputados, disputa prefeituras como a do Rio de Janeiro, com Benedita da Silva, e a de Recife, com Marília Arraes —que enfrenta o primo, o também deputado João Campos (PSB).