Números apresentados por representante da Granol divergem de dados do relator
Carga de ICMS giraria em torno de 26%, de acordo com Osmar Albertini; Humberto Aidar disse que esta foi de 0,38%
Após a participação do empresário Alberto Borges, da Caramuru, foi a vez da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Incentivos Fiscais ouvir Osmar Albertini, da Granol Comércio, Indústria e Exportação nesta segunda-feira (7). Segundo ele, originária de São Paulo, a empresa chegou a Goiás em 1985, e teve acesso o Fomentar desde 1987.
O relator da CPI, Humberto Aidar (MDB), afirmou que, além do Fomentar e do crédito especial, são concedidos outros benefícios. “Total do crédito especial: R$ 152,5 milhões [2014 a 2018]”, disse o deputado ao citar que empresa concentra as atividades principalmente, em Anápolis, mas também em São Simão.
A carga de ICMS giraria em torno de 26%, de acordo com Osmar. Aidar disse que levando a questão interestadual, esta atingiu R$ 6,7 bilhões, com recolhimento de R$ 25,7 milhões, sendo 0,38%, o que o empresário não concordou.
“Os incentivos advém de saldo devedor de imposto a pagar. De R$ 1 milhão se paga 11% de R$ 700 mil [já se retirando 30%]. Só aí já dá R$ 377 mil. Ou seja, mais de 30%. A Secretaria de Economia faz uma conta de interesse”, disse o empresário. Aparentemente, ele deixou o deputado Humberto Aidar sem entender a justificativa. E disse, ainda, que teria que rever a conta de outras empresas, se isso estivesse correto.
Em relação ao montante fruído nos últimos cinco anos, em termos de Fomentar, o empresário disse ter utilizado R$ 60 milhões por ano. O relator apontou R$ 138 milhões. O crédito outorgado de esmagamento de soja chegaria a R$ 254 milhões.
Nesta segunda-feira (7), Wesley Batista Filho, da JBS, também deveria ter sido ouvido. O presidente da CPI, Álvaro Guimarães (DEM), afirmou que a oitiva foi remarcada, por ofício, para o dia 14, após o empresário manifestar o interesse em enviar um representante.