SUPOSTO DESVIO DE VERBAS

“Nunca cometi nenhum crime”, diz deputado Gustavo Gayer após ser alvo de operação da PF

O deputado é investigado por desvio de verba pública, especificamente de cota parlamentar

STF forma maioria para tornar Gustavo Gayer réu por calúnia e difamação contra Vanderlan (Foto: Reprodução)

Depois de ter sido alvo de operação da Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (25/10), o deputado Gustavo Gayer usou as redes sociais para se pronunciar e disse que “nunca cometeu nenhum crime”. Ele é investigado por desvio de verba pública, especificamente de cota parlamentar. Assessores do deputado também foram alvo de busca e apreensão da ação policial que aconteceu em Brasília, Goiânia, Aparecida, Cidade Ocidental e Valparaíso.

Em seu pronunciamento, Gustavo Gayer disse que não sabe sobre o teor da investigação, já que o inquérito é sigiloso. “Dois dias antes das eleições do 2º turno do meu candidato em Goiânia, acordo às 6h da manhã com minha porta sendo esmurrada pela Polícia Federal, a mando do Alexandre de Moraes. Alguns assessores meus também receberam mandado de buscas, mas não dá para saber nada. É surreal o que está acontecendo”, afirmou.

O deputado federal disse que os policiais federais levaram o celular e o HD dele. “Não consigo saber porque eu recebi busca e apreensão. Onde que isso vai parar? Essa democracia relativa está custando caro para o Brasil. Numa sexta-feira, sendo que a eleição é no domingo, claramente tentando prejudicar meu candidato”, criticou.

“Qual é o crime tão grave que cometi para receber a PF em minha casa? A gente começa a perder a esperança no Brasil. Eu que nunca fiz nada de errado, nunca cometi nenhum crime estou sendo tratado como um criminoso […] orem por mim, pela minha família e pelo Brasil”, finalizou.

Operação contra o deputado Gustavo Gayer

De acordo com a corporação, a operação foi realizada com o objetivo de desarticular uma associação criminosa voltada para o desvio de recursos públicos (cota parlamentar), além de falsificação de documentos para criação de Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP). Segundo as investigações, a intenção final dos autores era a destinação de verbas parlamentares em favor desta OSCIP.

Cerca de 60 policiais federais cumprem 19 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília/DF, Goiânia, Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás (GO) e Aparecida de Goiânia.

Os delitos investigados são associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e peculato-desvio.

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