“O maior problema do Brasil não é a previdência”, diz senador Vanderlan Cardoso
Vanderlan explicou que, nos últimos 10 anos, a dívida saltou de R$ 1,7 trilhão para quase R$ 6 trilhões.
“Ao contrário do que se pensa, o primeiro grande problema do Brasil é a dívida pública e não a previdência”. A afirmação foi feita pelo senador Vanderlan Cardoso (PP-GO) durante entrevista a uma emissora de rádio nesta, em Goiânia. Na entrevista em que tratou sobre outros temas, o senador citou que o segundo problema é a questão tributária e que a reforma da previdência, em votação no Senado, é apenas a terceira colocada quando se fala em prioridades.
Vanderlan explicou que, nos últimos 10 anos, a dívida saltou de R$ 1,7 trilhão para quase R$ 6 trilhões. O valor pago, mensalmente, somente em juros é maior do que a previdência. “Já existem discussões no Senado para tratar da dívida pública, e realizamos, inclusive, uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) para tratar do tema, mas é preciso caminhar mais nesse sentido”, disse.
Sobre a Reforma da Previdência, o senador informou que a pauta avança no Senado Federal. “De acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a Reforma deve ser votada no Plenário até o dia 10 de outubro”, informou.
Vanderlan Cardoso aproveitou para comentar sobre a tramitação da chamada “PEC Paralela”, que vai caminhar juntamente com o texto principal da reforma e que, dentre outras mudanças, inclui Estados e Municípios. O senador explicou que as discussões já começaram, porém, há muito o que ser debatido ainda. “Existem alguns casos específicos que precisam ser revistos como, por exemplo, as aposentadorias com contribuições privilegiadas. O mais urgente nessa reforma é corrigirmos as distorções que ainda existem com uma classe de privilegiados que pagam pouco e ganham muito”, disse.
O Pacto Federativo foi outro tema abordado durante a entrevista. Para o senador, estados e municípios terão um importante reforço no seu caixa com os recursos que serão destinados por meio do leilão do pré-sal, em novembro.
“Ao todo serão destinados 21 bilhões para os estados e municípios. Goiás, por exemplo, irá receber quase 700 milhões, sendo mais de R$ 290 milhões para o Estado e R$ 406 milhões para os municípios. É importante mencionar que a maior parcela está sendo destinada aos estados de pequeno porte e que passam por mais necessidade. Com certeza essa verba irá ajudar os municípios nesse momento tão difícil em que passam”, salientou.–