O teto antes do tempo
Em Goiânia, aconteceu com Delegado Waldir. Acontece agora com Íris Rezende. Chegar ao teto antes da hora da eleição costuma se transformar em problema
Mais uma rodada da pesquisa Serpes. Domingo bom mesmo só para Vanderlan Cardoso. Apesar da folga, ainda que reduzida na liderança, Íris Rezende pela terceira rodada seguida crava na casa dos 37%. A conclusão, óbvia, é que este é o seu teto para esse primeiro turno. Aliás, o PMDB continua muito previsível na sua campanha. Quando entra no oba oba dos números, é sinal de que algo não está bem. No caso de Íris, a impressão é que há pouco mais o que falar, além da sua experiência (boa) de gestão. Mesmo que, para isso, faça um esforço de memória na cabeça do eleitor, querendo lembrar de realizações da década de 60.
Vanderlan Cardoso reduziu em mais de 4 pontos percentuais a diferença para Íris. Continua com discurso independente, ainda não mostrou o governador Marconi Perillo na campanha e vai colocar mais campanha na rua a partir dessa semana. Consolidou o segundo lugar, reflexo de uma campanha correta até agora. Vanderlan está longe do político que inflama, ao contrário de Íris, mas transmite segurança, neste momento. Consolida o segundo lugar e tem a missão de diminuir a diferença para o segundo turno.
No mais, Delegado Waldir vê a candidatura virar pó. Adriana Accorsi continua patinando. Francisco Júnior descola dos nanicos. E Flávio Sofiati e Dijalma Araújo vão-se revezando na lanterna.
Mais do que nunca, o cenário é de segundo turno, com Íris e Vanderlan. A dúvida é saber em qual condição os dois vão chegar para a disputa final. Íris tem a missão de, no mínimo, segurar os índices atuais. Vanderlan ainda não parou de crescer. A vigilância nessas curvas é fundamental para a estratégia das campanhas. O ideal é que o candidato chegue ao seu teto no dia da eleição. Em 2016, Waldir e Íris chegaram lá antes do tempo.