Ofício pede que Caiado flexibilize atividades de Clubes de Tiro e afins
Governador disse, recentemente, que pensa em voltar atrás na decisão de liberar parte do comércio para funcionar
Um ofício foi enviado ao governador Ronaldo Caiado (DEM) com o pedido de flexibilização das atividades dos Clubes de Tiro, Stands e Escolas de Tiro, desde que adotadas as medidas necessárias de segurança sanitária. A justificativa é que se trata de atividade “importante e indispensável” para os cerca de 50 mil atiradores profissionais da área de segurança do Estado, pública ou privada.
O requerimento foi realizado pelo deputado estadual Delegado Eduardo Prado. “Reitero a necessidade da reabertura dos clubes, stands e escolas de tiro, visando a continuidade do treinamento individual e reforço que a prática do tiro esportivo não gera aglomeração, uma vez que existe limite de praticantes por período, principalmente pelo fato de os clubes de tiro trabalharem com agendamento prévio, podendo também, os referidos clubes se comprometerem a adotar as medidas necessárias para garantir o desenvolvimento de suas atividades, oferecendo o máximo de segurança, para os clientes e funcionários”, justifica.
Segundo o parlamentar, o governo do Estado tem estabelecido estratégias para flexibilizar um retorno de atividades de forma gradativa. Para ele, é importante analisar a possibilidade de reabertura dos locais citados.
Endurecimento
O governador, porém, já disse que pensa em voltar atrás na decisão de liberar parte do comércio para funcionar, dado o baixo índice adesão ao isolamento social em Goiás. Apenas 42,5% da população respeita a quarentena no momento. Este índice já foi de 66,4%, ocasião em que o Estado registrava o maior isolamento do Brasil. “Vou solicitar uma reunião com todos os poderes e vou avaliar”, afirmou o gestor em entrevista recente à TV Anhanguera.
Na ocasião, ele declarou, também, que está preocupado com a atitude de alguns prefeitos de liberar atividades comerciais que não foram liberadas pelo decreto do governo publicado na última segunda-feira (20). “O que estamos assistindo é um prefeito disputando com o outro qual libera mais [o comércio]. Não brinquem! Não podemos jogar por terra um trabalho de 40 dias e transformar Goiás naquilo que está hoje Macapá, Fortaleza, Rio de Janeiro, Manaus. Sabem por que? Porque, se o prefeito não consegue absorver os pacientes que vão contrair e que evoluem por uma quadro de respiração aguda grave, para onde ele vai mandar? Para Goiânia?”, questiona.
Caiado diz que a evolução dos casos de contaminação por coronavírus em Goiás está “dentro da curva”, mas que o Estado não tem estrutura para suportar uma escalada no número de pacientes.